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6 Dicas para reduzir o estresse no período de transição




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Texto baseado no curso “Como produzir mais prenhezes”, realizado pelo Médico Veterinário Raul Andrade para o portal de cursos online Clube Leiteiro em 2021.

 

No período de transição (intervalo entre a terceira semana pré-parto a terceira semana pós-parto) as vacas passam por um período crítico de grandes alterações metabólicas e fisiológicas, preparando-se para o parto e para a futura lactação. Tanta mudança em um curto espaço de tempo pode gerar muito estresse nesses animais e prejudicar tanto o parto, quanto a produção de leite futura.

 

A vaca passa por, basicamente, 5 mudanças significativas em um período de 5 semanas. Isso gera um estresse que precisa ser controlado e monitorado com muita atenção.

Mudanças geradoras de estresse no período de transição

  • Do lote de vacas secas para o lote de vacas em pré-parto:
    Entre 21 a 30 dias próximos do parto, a vaca sai do lote de vacas secas para o lote de vacas em pré-parto.

  • Do lote de pré-parto para a maternidade:
    Quando a vaca começa o processo de parto, é levada para a área da maternidade onde irá parir, sendo recomendado que seja entre 12 e 24 horas antes do parto.

  • Da maternidade para o curral de colostragem:
    No curral de colostragem serão realizadas as primeiras ordenhas dessa vaca e a análise da qualidade do colostro.

  • Do curral de colostragem para o curral de vacas frescas:
    Neste local, ela será observada para avaliar se não tem algum problema sério nesse pós-parto. 

  • Do curral de vacas frescas para o curral de produção:
    Por fim, essa vaca entra no seu período de produção junto com os demais animais do rebanho.

Todas essas fases de manejo precisam ser monitoradas de perto para que o estresse seja minimizado e se tenha sucesso no pós-parto. 

Tempo de interação nas alterações de curral

 

As vacas precisam de um tempo de interação com as suas companheiras, principalmente da fase de vacas secas para o pré-parto. Por isso, é importante que os manejos de troca de curral ocorram semanalmente, permitindo maior socialização.

Se as trocas acontecem diariamente, eleva-se a taxa de estresse e, consequentemente, a predisposição às doenças pós-parto como a mastite, a metrite e a cetose.

O que é possível fazer para minimizar o estresse no pós-parto?

 

A principal ação de prevenção de estresse nesse período é pensar nas atividades de agrupamento e mudanças de curral. Podemos resumir esses cuidados em 6 dicas de manejo:

1- Mover a vaca uma vez por semana.

Para garantir o tempo de interação e de socialização.

2- Não mover a vaca nos 10 dias próximos ao parto. 

Para isso, é necessário manter anotações corretas do tempo da gestação. A movimentação muito próxima do parto gera estresse e aumenta predisposição a um parto distócico. 

3- Mover as vacas secas para o pré-parto entre 21 e 30 dias antes do parto.

Aqui cabe uma observação: vacas diagnosticadas pelo veterinário com parto gemelar ou vacas que estão em regiões muito quentes devem ser conduzidas entre 28 e 34 dias antes do parto para a adaptação, principalmente, à ingestão de matéria seca e à dieta aniônica do pré-parto.

4- Buscar garantir 76 cm de cocho e lotação máxima de 85% para oferecer espaço e conforto.

5- Manter os ambientes limpos, secos e confortáveis. Dica não só para o pré-parto, mas em todas as fases!

6- Adotar medidas de redução do estresse calórico.

O estresse calórico está diretamente relacionado à baixa produção de leite e problemas reprodutivos, principalmente a perda de prenhez.

 

Como produzir mais prenhezes deve ser um dos principais objetivos das fazendas leiteiras, confira outras dicas importantes como essas, que você precisa conhecer no curso que o Médico Veterinário Raul Andrade preparou para o Clube Leiteiro:

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Fundação Roge

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