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Estufa de termorregulação para bezerras recém-nascidas




Design sem nome (2)-Oct-05-2021-02-13-21-00-PMA fase de cria nos rebanhos leiteiros ainda pode ser um grande desafio para os produtores. Os cuidados como a cura de umbigo, a colostragem e o conforto térmico são exemplos de ações que podem aumentar significativamente a produtividade futura desses animais.

Clique aqui para saber como avaliar o bem estar das bezerras  

Cientes dos desafios da criação de bezerras leiteiras, os alunos do curso técnico em Agropecuária da Academia do Leite/FUNDAÇÃO ROGE Douglas Silva e Eduardo Miguel se propuseram a projetar um abrigo que auxilie na termorregulação das bezerras recém-nascidas por meio do aquecimento artificial.

Riscos da hipotermia

 

Na fase de criação das bezerras é necessário monitoramento constante dos animais, das práticas de manejo adotadas e das instalações para reduzir a exposição dos mesmos, fatores de riscos e minimizar as fontes de infecção. 

A mudança do ambiente uterino para o meio externo que ocorre após o parto requer rápida adaptação do neonato. A assistência correta nas primeiras 24 horas de vida pode reduzir significativamente a mortalidade de bezerros. (GORINO, 2011). 

Segundo Lima et al (2010), os animais recém-nascidos são homeotérmicos imperfeitos, aquecendo e esfriando com facilidade. É necessário garantir o conforto térmico para que os neonatos não entrem em hipotermia para que o seu desenvolvimento não seja prejudicado. 

O projeto dos alunos

 

Pensando na necessidade de evitar a hipotermia das bezerras recém-nascidas, Douglas e Eduardo realizaram um estudo a partir de uma estufa projetada e construída por eles mesmos.

Com o menor custo possível e reutilizando materiais que podem ser encontrados na própria propriedade, a estufa aquece o bezerro por meio da lâmpada de aquecimento.

image1-Oct-05-2021-02-03-04-27-PMCréditos da imagem: Douglas Silva e Eduardo Miguel

Após a construção, os alunos avaliaram o desenvolvimento dos bezerros submetidos à estufa, em comparação às demais até o período de desaleitamento. Por fim, puderam determinar os benefícios da instalação e utilização do equipamento.

Resultados alcançados

 

Todos os animais submetidos à estufa de termorregulação receberam todos os cuidados essenciais e acompanhamento até a desmama.

1) Ganho de peso:

O primeiro critério avaliado foi o ganho de peso. Foi utilizada uma fita de pesagem para bovinos e cada um foi pesado após o nascimento e a cada 15 dias até o desaleitamento. Houve uma diferença no ganho de peso das bezerras que tiveram o auxílio na termorregulação após o nascimento em comparação às demais.

Foi obtida uma média de ganho de peso de 0,838 kg por dia dos animais 1 e 2 que foram submetidos à estufa. Já os animais 3 e 4 que não foram para a estufa obteve-se uma média de 0,761 kg por dia. A diferença de ganho de peso médio por dia foi de 0,077 kg, onde em um mês a diferença chega a ser ≥2,31 kg, já até o período de 90 dias (período de desmama) chega a ter uma diferença ≥6,93 kg. 

2) Absorção de proteínas

 

Observou-se também, na análise de proteína sérica, que as bezerras 1 e 2 tiveram uma absorção de imunoglobulinas maior do que as bezerras 3 e 4. 

Clique aqui para ver o projeto e o estudo completo dos alunos com lista de materiais e orçamento.

 

Obter baixas taxas de morbidade e mortalidade na criação de bezerras é fator chave para o sucesso da produção futura das fazendas de leite. Como citado anteriormente, a cura do umbigo também é um dos cuidados essenciais na fase de cria que ajuda na redução da mortalidade.

 

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Fundação Roge

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