Texto baseado no Trabalho de Formação Técnica: “AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR DE BEZERRAS LEITEIRAS NA PROPRIEDADE CAMPOS LIMA EM DELFIM MOREIRA - MG”, das alunas Jhessila Mayra Goulart da Silva e Lidiane Aparecida de Almeida, da Academia do Leite/Fundação Roge, orientadas pelo professor Sebastião Ferreira e Silva em novembro de 2019.
A criação de bezerras é um assunto a ser levado muito a sério nas propriedades leiteiras. Não é um período lucrativo da vida destes animais, mas deve ser de grande investimento, já que todos os cuidados nesta fase refletirão na produtividade da vida adulta do animal. E um dos grandes focos das atividades relacionadas às bezerras deve ser a garantia de seu bem-estar.
“Broom (1986) aponta que: “O bem-estar pode ser definido como o estado do animal frente às suas tentativas de se adaptar ao ambiente em que se encontra”. E Duncan (2005) esclarece: “O bem-estar está dependente do que os animais sentem”.
1- Não ser submetido ao medo: o medo altera a fisiologia do animal, podendo ocorrer a liberação de cortisol, o hormônio do estresse. O estresse pode baixar a imunidade e deixar o animal mais sensível a doenças.
2- Não ser submetido à dor: a dor causa as mesmas alterações fisiológicas já citadas como consequência do medo.
3- Ter saúde fisiológica
4- Ter saúde comportamental
5- Poder expressar seu comportamento natural: bezerras com bem-estar garantido expressam seu comportamento natural, como brincar e acariciar-se ao ambiente.
No parto: O manejo de bezerras começa antes do seu nascimento, em cuidados com as vacas gestantes, que devem parir em locais preparados para isso, como os piquetes maternidade com boa cobertura vegetal que protegerá o neonato no parto. Em trabalho de pesquisa de bem-estar de bezerras, Jhessila Silva e Lidiane Almeida utilizaram as seguintes fichas de acompanhamento:
A relação com o tratador interfere diretamente no bem-estar das bezerras. Todo contato deve priorizar sensações agradáveis às bezerras. Nos primeiros procedimentos como cura do umbigo, colostragem e exames, deve haver cuidado na manipulação com movimentos leves que não assustem os recém-nascidos.
A fazenda deve anotar e acompanhar os indicadores de bem-estar das bezerras, como os sugeridos por Jhessila e Lidiane:
Esses indicadores podem ser anotados em fichas como esta:
Na pesquisa realizada pelas alunas, foi elaborada uma escala de bem-estar para as bezerras, após a análise dos indicadores anotados:
Entre “ruim e intermediário”: as bezerras sofreram algum episódio ou período de crueldade, havendo grande chance de ficarem doentes e precisarem de medicamentos e tratamentos.
Em “regular”: as bezerras não irão expressar seu comportamento natural, mas não deixarão a desejar.
Entre “bom e excelente”: os animais irão expressar todo seu comportamento natural, tendo mais chances de um crescimento saudável e baixas taxas de mortalidade.
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