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Sistema MDA: 10 princípios para a gestão de fazendas de leite




Sistema MDA: 10 princípios para a gestão de fazendas de leiteCréditos da imagem: Agro + Lean - Clínica do Leite 

O modelo de gestão de fazendas Agro+Lean propõe a quem deseja implantar este sistema, princípios que todo gestor deve seguir e que não devem ser violados, pois, estes hábitos serão a diferença entre uma fazenda que sobrevive e uma que prospera e gera valor para o cliente, portanto, estes “mandamentos” devem ser interiorizados e até mesmo carregados no bolso para que sejam consultados antes das tomadas de decisões, quando surgirem dúvidas em relação à atitude do gerente.

Princípio 1: Esteja junto, respeitando, capacitando e liderando com humildade

 

As pessoas são o foco da gestão MDA, são elas que fazem a engrenagem girar.  Mostrar que o trabalho desenvolvido por elas é parte importante do negócio, dar atenção às dificuldades que surgem e respeitar a opinião, são ações que motivam e criam condições para o engajamento dos funcionários os quais passam a se sentir valorizados pela empresa.

Princípio 2: Crie valor para os seus clientes, eliminando desperdícios

 

O que é valor para meu cliente? No caso da maioria das fazendas de leite, nosso cliente é o laticínio e ele quer de nós volume constante, produto com alto teor de sólidos e baixas CCS e CBT. Qualquer processo feito na fazenda que não colabore para entregar o que meu cliente quer, é desperdício.

Princípio 3: Tenha constância do propósito

 

Esta é uma tarefa difícil, definir qual é o propósito do negócio. Este, deve ser claro e objetivo. Por que a empresa existe? A partir do momento que se define o propósito, deve-se trabalhar sempre para ter foco e constância.

Princípio 4: Pense sistemicamente

 

Significa que devemos entender que a fazenda é formada por sistemas que estão interligados e se influenciam mutuamente. Uma decisão tomada em relação à cama das vacas pode influenciar diretamente na qualidade do leite, por exemplo. Deve-se criar o hábito de enxergar a fazenda por cima, visualizar todo o sistema de produção, as sequências de processos e tarefas para saber onde atuar quando necessário.

Princípio 5: Crie fluxo no trabalho

 

Eliminar as barreiras que impeçam as pessoas de realizar o trabalho com excelência para entregar o que o cliente quer e valoriza, estas barreiras são chamadas de “Anomalias”.

Princípio 6: Garanta a qualidade desde o início

 

Apenas conferir os resultados da análise do leite uma vez por mês não garante um produto de qualidade. Deve-se trabalhar para que cada tarefa seja realizada de forma padronizada e verificar se não estão passando defeitos, isto pode ser feito através dos “Indicadores”.

Princípio 7: Desafie a sabedoria convencional

 

Transformar a fazenda em uma escola, onde se pode criar e desenvolver novas formas para solucionar problemas e evitar que eles ocorram. Todas as pessoas, trabalhando juntas, todos os dias na melhoria contínua dos processos.

Princípio 8: Procure a perfeição, não se conforme

 

Queremos uma fazenda onde a média de produção seja 50 litros/vaca/dia com 0% de casos de mastite. Impossível? Talvez, mas trabalhamos em busca da perfeição.

Princípio 9: Entenda o negócio e o trabalho, e simplifique. Foco nos processos

 

Este princípio está atrelado ao primeiro, para entender o trabalho é preciso estar junto dos funcionários, muitas vezes fazer junto com eles as tarefas e criar formas de simplificar a vida das pessoas, lembre-se “menos é mais”.

Princípio 10: Reduza a variação para identificar e resolver problemas com método

 

Padronizar os processos, fazer sempre do mesmo jeito. Apenas desta forma, saberemos identificar problemas e como resolvê-los.

Estes princípios devem fazer parte da vida do gestor de fazendas. Quanto mais praticar, mais eles se tornarão hábitos. Ao longo do tempo, os resultados serão refletidos na cultura da empresa e consequentemente no sucesso do negócio.

 

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Leidiane Cristina Batista de Souza

Leidiane Cristina Batista de Souza

Médica Veterinária, Pós-Graduada em Administração de Agronegócios e professora da disciplina MDA na Fundação Roge no curso Técnico em Agropecuária. Pelo convívio e envolvimento na atividade leiteira, considera que o sucesso da empresa está condicionado à capacitação gerencial com foco nas pessoas.