*Texto adaptado do trabalho de conclusão de curso “Ocorrência e confronto de mastites clínica e subclínica na propriedade sítio São José no município de Maria da Fé”, de João Otávio Silva Custódio, ex-aluno do Curso de Agropecuária da Academia do Leite, sob orientação do professor: Natan Ferreira – Zootecnista.
A mastite é classificada como inflamação da glândula mamária, que pode ser gerada por bactérias e fungos, que atingem um ou mais quartos mamários de uma vaca. Há dois tipos de mastite.
Causa sinais clínicos na aparência do leite e do úbere do animal infectado.
Não apresenta sinais clínicos no leite e só pode ser identificada por testes como o CMT (California MastistTest).
Os microrganismos causadores de mastite são divididos em espécies contagiosas ou ambientais. A distinção entre estes dois tipos de microrganismos depende, principalmente, de sua forma de transmissão. O perfil de bactérias contagiosas é caracterizado pela transmissão de vaca para vaca, enquanto o perfil de transmissão ambiental é caracterizado pela infecção da vaca por bactérias de origem do ambiente (SANTOS; TOMAZI, 2012).
Vacas de leite com mastite clínica apresentam:
Ao contrário da mastite clínica, a subclínica não apresenta sintomas de inflamação ou na composição do leite, porém é perceptível a queda na produção e o aumento da contagem de células somáticas (CCS) do leite.
Na forma clínica, pode ser identificada através do teste da caneca de fundo preto que deve ser feito diariamente a cada ordenha, tornando-se uma rotina da propriedade. Os três primeiros jatos de cada teto na caneca devem ser observados em relação a alguma alteração como grumos, pus, presença de sangue ou coloração diferente.
Para diagnosticar a forma subclínica, o CCS deve ser avaliado em um exame laboratorial ou também por testes com CMT (California Mastists Test) realizado na sala de ordenha e WMT (Winsconsin Mastists Test). Também é possível diagnosticar pela contagem eletrônica de células somáticas.
Segundo VEIGA (2016), para prevenção e controle da mastite existem diferentes recomendações, pela mesma ser multifatorial. Medidas tomadas de forma isolada não apresentam resultados totais no controle e o retorno não é eficaz. Devem ser realizados pela junção de medidas que serão colocadas em prática em conjunto respeitando o sistema de cada propriedade. Prevenir a mastite significa investir, principalmente em:
No caso de mastite clínica leve e moderada, recomenda-se a utilização de antibióticos intramamários com base B-lactâmicos e cefalosporinas durante 4 dias.
Em casos mais avançados é recomendada a terapia combinada com a aplicação do antibiótico intramamário por quatro ou cinco dias também com base à B-lactâmicos e cefalosporinas em conjunto à antibióticos sistêmicos como marbofloxacina, enrofloxcina, cefiquinoma, cestiofu.
Para a mastite aguda é recomendada a aplicação também de antibióticos sistêmicos com a mesma base e também fazer o uso associado a um anti-inflamatório não-esteroidal e uma fluido terapia (SILVA, 2015).
O tratamento para a mastite subclínica é parecido com a forma clínica. Recomenda-se a aplicação de antibióticos intramamários em vacas em lactação que sofrem de mastite subclínica. Em animais já com um avançado DEL (dias em lactação/leite) orienta-se a secagem do animal utilizando intramamários para vacas secas sendo também a base de cefalosporinos e selante do teto.
Um profissional deve ser sempre procurado para avaliar o tratamento dos animais infectados, inclusive para definir a melhor solução em casos de infecção crônica, onde o descarte é considerado uma possibilidade para não comprometer outros indivíduos do rebanho (SILVA,2015).
Quer se especializar na pecuária de leite através de uma comunidade digital? Conheça o Clube Leiteiro da FUNDAÇÃO ROGE:
Apaixonados por educação para o campo! Incansáveis. Ilimitados. Somos um time de talentos, prontos para realizar, para encantar e mais prontos ainda para transformar.
Rua Paulino de Faria, 1269
Centro, Delfim Moreira | MG
Escola Técnica e Processo Seletivo:
+55 (35) 99853-3466