A decisão do descarte influencia diretamente na lucratividade da fazenda de leite. Por isso, é importante que o produtor conheça os tipos de descartes, esteja ciente dos seus índices de desempenho, saiba formas de reduzir o descarte involuntário, entre outras ações que ajudem na decisão da melhor forma de descartar os animais.
Com o descarte, a propriedade pode gerar recursos financeiros para utilizar na renovação do rebanho e em outras atividades necessárias, como reformas de pastagens, equipamentos e melhorias nos sistemas de pastejo rotacionado ou confinamento de gado, por exemplo.
Além disso, o descarte estratégico pode otimizar o fluxo de trabalho, melhorar a administração do tempo, contribuir para a gestão de pessoas e impactar positivamente o desempenho zootécnico e financeiro da propriedade.
É aquele que ocorre por problemas como morte acidental (queda, picada de cobra, problemas no pós parto, entre outros). Este tipo de descarte gera prejuízos na fazenda, comprometendo a eficiência do negócio leiteiro.
É realizado quando a decisão é feita pelo produtor. A seleção é feita analisando fatores produtivos, reprodutivos, idade, problemas de casco e outros. Neste tipo, muitas vezes são descartados animais sadios, produtivos e geralmente isso ocorre para conter o aumento de animais no plantel ou para gerar receita para outros investimentos.
Na pecuária de leite, em geral, os principais motivos de descarte avaliados pelos produtores são:
Devido aos prejuízos gerados pelo descarte involuntário, o pecuarista leiteiro deve diminuir ao máximo possível a taxa de descarte involuntário e manter no rebanho vacas saudáveis, produtivas e longevas. Conhecer as particularidades das raças como Vacas Jersey, vacas holandesas, vaca Simental e Gir Leiteiro pode ser um diferencial, pois cada uma possui padrões distintos de produção, resistência e curva de lactação.
No momento do descarte, o produtor deve estar atento para que os problemas no seu rebanho não sejam repassados a outros produtores. Para aqueles problemas persistentes o melhor a fazer é encaminhar os animais para abate para manter sua integridade no mercado do leite.
Outro fator importante na hora do descarte é analisar aqueles animais que estão produzindo e gerando receita e se adaptam melhor ao sistema adotado (como Free Stall ou cama de compost barn) enquanto outros geram custos durante a fase de cria e recria. Avaliar o impacto do período de transição também é essencial na decisão de descarte.
O produtor que possui uma visão gerencial faz seu planejamento de descarte com base em dados como controle leiteiro, produção individual, saúde do animal e desempenho geral. Além disso, o uso de metodologias como o 5S (ferramenta 5S) e o MDA pode facilitar a identificação de gargalos e promover a melhoria contínua.
Essas ferramentas permitem entender os fatores que levam ao descarte, melhorar a gestão de fazendas de leite, tomar decisões com mais clareza e implantar programas de prevenção de doenças, treinamentos de equipe e boas práticas de gestão de pessoas. Tudo isso influencia diretamente o sucesso da fazenda de leite.
A boa gestão de fazendas, associada a um planejamento de estoque na fazenda, controle sanitário, uso adequado de EPI's e a capacitação contínua da equipe, promove uma solução de problemas mais eficiente e fortalece a sustentabilidade da atividade leiteira como um todo.
** Colaboração: Prof. Sebastião Ferreira e Silva
Animais doentes são o principal motivo de descarte involuntário na fazenda de leite. Conheça as doenças mais comuns que podem afetar o rebanho e esteja preparado para agir com estratégia e responsabilidade:
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