Texto baseado no Trabalho de Formação Técnica: “INCIDÊNCIA DE CLAUDICAÇÃO NA FAZENDA LIMASSIS”, dos alunos Diogo Henrique Pereira Neto e Jeferson Alan Peres, da Academia do Leite/Fundação Roge, orientados pelo professor Bruno Guimarães Salomon em novembro de 2019.
A modernização agropecuária intensificou o sistema de produção do leite para atender às exigências do mercado. Neste processo, algumas tecnologias de manejo são implantadas de forma incorreta, causando assim, altos índices de problemas de casco. A claudicação, ou “manqueira” causa grande impacto sanitário (saúde e reprodução) e econômico (perda na produção de leite e descarte involuntário) nas fazendas leiteiras.
Os animais precisam receber atenção redobrada em relação ao seu andar, ao ambiente onde se encontram e quando identificado algo de anormal, deve-se procurar realizar os devidos manejos aos mesmos o mais imediato possível.
É um ramo da ortopedia que visa a realização de exames, diagnósticos, prevenção e tratamentos de problemas de cascos em bovinos.
Fonte: Veterinária
Muralha (axial e abaxial): parte mais espessa do casco. A beira da muralha é que tem contato direto com o solo
Linha branca: adesão da sola com a muralha
Pinça: ponta do membro
Talão: região mais macia do membro
Toda e qualquer lesão é proveniente de fatores:
Fonte: CRV Lagoa
Os animais devem passar de 3 a 4 vezes por semana no pedilúvio.
Fonte: Adaptado do livro atlas – casco em bovinos
Importante: o pedilúvio deve estar livre de chuvas!
Para evitar problemas podais, o casqueamento preventivo deve ser feito duas vezes ao ano, sendo uma vez após o parto (80 a 100 dias depois) e antes da secagem do animal.
Visando o bem estar do rebanho, deve-se manter o ambiente livre de fezes e umidade para evitar as lesões de casco.
Esta é uma importante ferramenta de avaliação dos animais para identificar animais claudicantes. O ideal é que o animal apresente o dorso em linha reta tanto quando estiver parado, quanto caminhando.
Fonte: Grupo Apoiar
De acordo com as imagens acima:
Fonte: Adaptado de P. H. Robison, apud Melotti (2017)
Assim que identificado, o animal deve ser logo tratado de acordo com a afecção presente. O animal pode apresentar mais de uma lesão no mesmo membro, por isso é importante a realização de procedimentos veterinários e sanitários. Nestes procedimentos, deve-se cuidar da contenção sem estresse, da medicação adequada ao tipo de lesão e dos procedimentos técnicos adequados.
A eficácia do pedilúvio depende de sua utilização correta. Quer entender mais?
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