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Curso técnico eleva salário de jovem com formação de nível médio




Curso técnico eleva em 12% salário de jovem com formação de nível médio

Texto adaptado do artigo de Luciano Máximo, no caderno de Economia do site G1 em 22/07/2011.

Pesquisa da Fundação Itaú Social de 2011 mostra que os jovens com diploma do ensino médio profissionalizante têm salários até 12% maiores do que aqueles que cursaram o médio regular.

Os jovens que apostaram na educação profissional voltada aos setores agropecuário (agronomia, agronegócio), de gestão (contabilidade, administração) e de saúde (enfermaria, radiologia) recebem, respectivamente, um contracheque 13% e 9% mais gordo do que aqueles que optaram pelo ensino médio tradicional.

 

A formação técnica no Brasil 

 

Baseado em microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) cruzados com informações dos censos escolares oficiais, a pesquisa também revela que dos 8,8 milhões de alunos no último nível do ensino básico nas escolas públicas e particulares do Brasil, pouco mais de 10% estão matriculados em algum curso de educação profissional. Um contingente de cerca de 1 milhão de estudantes está distribuído em cursos integrados de ensino médio tradicional e técnico (2%), concomitantes (35%) e subsequentes (60%). As escolas particulares respondem por metade das matrículas na educação profissional, enquanto as unidades estaduais ofertam 35% da vagas e as federais, 15%.

Na opinião de Lígia Vasconcellos, gerente de avaliação de projetos do grupo Itaú Unibanco, a constatação do ganho salarial maior para trabalhadores que cursaram o ensino médio profissionalizante carrega duas mensagens para os formuladores de políticas educacionais no país. "Embora o custo da educação técnica seja bem superior ao do ensino regular, o retorno em termos de salários vale o investimento. O outro recado é que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente por mão de obra de nível médio com bom nível de qualificação", diz ela.

 

Por quê o ensino técnico? 

 

Para o professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Naercio Menezes Filho, economista especializado em educação, o poder público deve concentrar esforços para ampliar a rede de escolas com ensino médio tradicional integrado ao profissionalizante. "É uma política que tem tudo para dar certo e vem sendo bastante discutida no país atualmente. O ensino regular tem uma cobertura muito ampla de disciplinas, mas uma parcela muito grande dos jovens têm pouco interesse nesse tipo de formação, preferem cursos que priorizem a capacitação para o mercado", avalia Menezes Filho, para quem o chamado Ensino Médio deve ser preservado para pessoas com vocação acadêmica e interessadas em ingressar no ensino superior.

Há modelos de parceria entre poder público e privado no investimento de escolas de curso técnico gratuito. Empresas "adotam" a escola, investindo na infraestrutura, e o Estado se encarrega do aspecto pedagógico. "Já temos experiência com a Oi para uma escola técnica focada em mídias digitais e telecomunicações, com o Pão de Açúcar para a formação de jovens para a indústria de alimentos e com a ThyssenKrupp para a área de gestão. Essas escolas têm processos seletivos muito disputados e suas notas no Ideb estão acima da média da rede estadual", conta Vieira Neto. 

 

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Fundação Roge

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