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Vacas, cada vez mais produtivas, merecem mais atenção




Vacas, cada vez mais produtivas, merecem mais atenção

Artigo dos veterinários Rômulo Mendes e Eduardo Eiti - Bayer Saúde Animal, publicado na Revista Milkpoint

Os avanços nos campos do melhoramento genético  e da nutrição animal têm contribuído para que tenhamos vacas leiteiras cada vez mais produtivas. Estes animais, cada vez mais especializados na produção de leite, demandam por consequência maiores cuidados quanto à manutenção da saúde.

O período conhecido como período de transição, é um período crítico para ocorrência das doenças metabólicas, e compreende as 3 semanas que antecedem o parto e as 3 semanas posteriores ao parto. Durante este período, o organismo da vaca de leite passa por muitas alterações, dentre as quais podemos destacar o crescimento do feto, maior nas últimas semanas que antecedem o parto, e o início da produção de leite.

Podemos dizer de forma resumida, que as doenças metabólicas ocorrem quando a demanda ou necessidade do organismo, por cálcio no caso da Hipocalcemia  ou por energia no caso da Cetose, não podem ser devidamente atendidas, devido a diferentes fatores.

A demanda energética da vaca durante o período de transição, tende a aumentar de forma significativa, principalmente, devido ao início da lactação e ao comportamento da curva de lactação, que em condições normais se mantém numa curva ascendente nas primeiras semanas pós-parto.

O Balanço Energético Negativo (BEN), situação onde a vaca gasta mais energia do que consome, tende a fazer com que o organismo da vaca procure utilizar reservas corporais, como a gordura, na tentativa de suprir a necessidade energética. De forma simples, quando a capacidade do fígado de transformar gordura em energia se esgota, o organismo da vaca começa o produzir substâncias chamadas de corpos cetônicos. O acúmulo destes corpos cetônicos no sangue das vacas, caracteriza o quadro conhecido como Cetose.

A Cetose, assim como outras doenças metabólicas, pode se apresentar na forma clínica, onde são evidentes os sinais clínicos como a queda na produção de leite, falta de apetite, hálito cetônico (cheiro de acetona), tremores musculares, distúrbios visuais, ranger de dentes e decúbito, ou na forma subclínica, quando o animal encontra-se doente, mas sem sinais clínicos aparentes, sendo que neste caso, a doença é de extrema importância pelos prejuízos causados.

Vários estudos realizados, no Brasil e em outros países, mostram que a Cetose subclínica interfere, negativamente, tanto na produção de leite, quanto na reprodução das vacas. Em ambos os casos, os problemas estão relacionados ao acúmulo de corpos cetônicos no sangue.

A tabela abaixo mostra resultados de estudos que avaliaram a prevalência e a incidência de Cetose em diferentes rebanhos no Brasil.

vacas cada vez mais produtivas

 

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Fundação Roge

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