A pandemia do Coronavírus trouxe incertezas e inseguranças para a produção agropecuária. E diante desta nova situação desafiadora, cada produtor avalia as melhores medidas de precaução para que os impactos não atinjam a fazenda com tanta força. Mas o que realmente funciona e o que não funciona como precaução à crise?
No podcast “Como gerenciar o caixa em tempos de crise”, da Escola Agro+Lean, conduzido por Henrique Marques e com a participação do professor Paulo Machado e do especialista financeiro Tomas Dreyfuss, foram discutidas e avaliadas as medidas mais comuns escolhidas pelos produtores neste momento:
Os produtores têm buscado esta solução por não saberem a continuidade do fornecimento.
Sobre este assunto, o professor Paulo Machado diz que, isso se encaixa na avaliação que os gestores precisam fazer sobre o que é valor para os seus clientes.
“Será que se o indivíduo comprar hoje milho para estocar farelo de soja, imaginando que vai haver uma redução desses produtos por alguma razão, vai criar valor para o laticínio que está comprando leite? Claro que não! Não vai criar valor algum. O laticínio não quer saber se o produtor está estocando farelo de soja ou não. O que vai acontecer é que ele vai colocar dinheiro que estava no caixa para ser utilizado em outras situações. Ele vai colocar esse dinheiro em um buraco ou em uma baia ou em sacos, ou em algum lugar que não vai gerar caixa imediatamente. Não vai gerar dinheiro!”
Para o professor, esse tipo de medida não ajuda em nada o caixa e ainda traz riscos como:
Sobre a troca de alimentos para reduzir custos de produção ou pelo aumento no preço do produto, como farelo de soja no momento, Paulo Machado destaca que, se a gente reduz o farelo de soja, o que acontece é que a gente vai levar queda de produção e portanto a gente não está criando valor, está fazendo o inverso.
“O que pessoas tem falado é para reduzir o concentrado das vacas. Essa também não é uma medida saudável em termos financeiros! O que a gente sempre fala é que em tempos de crise, aumente a produção e em tempos de bonança, aumente a produção também, a não ser que não haja demanda para o produto. No caso do leite, nunca houve problema, sempre se consegue vender tudo o que se produz e portanto em uma situação como essa, se deveria aumentar a produção e não reduzir. Volto a dizer, a não ser que a indústria diga para ele que não vai coletar aquele volume, ele não deve reduzir o volume.”
Em situações reais em que não há a demanda suficiente do leite e for necessária a redução de gastos, Paulo Machado dá dicas do que fazer:
“Esse é o caminho. Não é focar na redução da produção, é focar na eliminação de gastos questionáveis. Fazendo isso, cai o custo de produção e a pessoa vai ficar em uma situação muito mais favorável relativamente aos demais fornecedores daquela indústria.”
Henrique Marques ressalta que, no curso EAD sobre o gerenciamento de caixa na fazenda, destaca-se a importância desse conceito, em que muitas vezes se quer diminuir o custo de produção, mas se foca em como é que se diminui os gastos necessários, como economizar com gastos necessários, que é justamente aquilo que está gerando valor e fazendo com que entre dinheiro no negócio. Deixa-se assim, de olhar para os gastos que são questionáveis, que comparando com o volume, acaba sendo menor que os necessários mas é gasto que está comendo o dinheiro que poderia estar no bolso e não está.
O momento é difícil e desafiador, mas é um momento para repensar a vida e também a gestão dos negócios, buscando entender, mais do que nunca, alguns dos conceitos trabalhados pelo modelo Agro+Lean:
Por falar em mudanças, que tal aplicar o 5S em sua propriedade?
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