Créditos da imagem: Autores do trabalho
Texto baseado no Trabalho de Formação Técnica: “IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO NA ENSILAGEM DE MILHO E SUA RELAÇÃO COM O AMIDO FECAL NA PRODUÇÃO LEITEIRA”, do aluno Carlos Eduardo Campos Joaquim, da Academia do Leite / FUNDAÇÃO ROGE, orientado pelo professor Sebastião Ferreira Silva em novembro de 2019.
Na ensilagem, o tamanho das partículas e grãos refletem diretamente na fermentação, no consumo e na digestibilidade dos nutrientes. Por exemplo, partículas grandes não irão compactar muito bem, permitindo maior entrada de oxigênio, o que preenche o rúmen muito facilmente. Essas partículas maiores não são quebradas pelo rúmen e a absorção de nutrientes fica prejudicada. Além disso, o bom armazenamento da silagem também é essencial para manter sua qualidade e evitar perdas nutricionais.
Desenvolvido pela Pennsylvania State University para melhor visualização do tamanho das partículas, sendo que foi avaliado que o rúmen faz melhor aproveitamento das partículas de 8mm. A análise do tamanho das partículas está diretamente relacionada ao controle do amido fecal, que pode indicar má digestibilidade e baixa eficiência nutricional.
Fonte: Agroceres Multimix
A TMR é a proposta para deixar a dieta mais uniforme misturando os componentes e evitando que os animais selecionem ingredientes. Essa técnica é essencial para garantir uma alimentação balanceada e eficiente das vacas leiteiras.
Fonte: MilkPoint
Já comum nos EUA há mais tempo, a utilização no Brasil indica que 95% dos grãos da silagem sejam processados.
Os bovinos possuem baixa amilase salivar, o que significa maior dificuldade de digestão do grão de milho, que é envolvido por uma película (pericarpo) que impede a ação desta enzima. Isso ressalta a importância de estratégias específicas na alimentação bovina para garantir o melhor aproveitamento dos nutrientes.
O aproveitamento do amido por parte do animal deve ser de 80% a 100%. O fator que mais favorece esta absorção é o processamento correto da silagem. A porcentagem de excreção do amido tolerada é de 3% para gado de corte e 5% para gado de leite. Segundo Ferguson (2005), acima de 5%, a vaca leiteira deixa de produzir cerca de 0,3Kg de leite por dia.
Fonte: Adaptado de Ferguson, 2005
Entender sobre a quebra dos grãos e o impacto da sua digestibilidade na produção leiteira, ajuda a estar atento à importância do monitoramento da ensilagem de milho e à atenção na hora de comprar ou produzir silagem de qualidade. Mais processamento dos grãos implicam em maior digestibilidade, o que reflete em menor custo e maior produtividade.
A escolha correta de forrageiras para alimentação bovina, seja para pastejo direto ou para ensilagem, é essencial para um bom desempenho produtivo. Investir em tecnologia e manejo adequado é fundamental para aumentar a produção de forragens de qualidade durante o ano todo.
Em regiões com solos mais pobres, o uso de forrageiras adaptadas a solos de baixa fertilidade também pode ser uma excelente estratégia de viabilidade e sustentabilidade.
A nutrição adequada das vacas é fator diretamente relacionado à sua produtividade. Quer mais dicas? Acesse o “Guia Rápido de Nutrição de Vacas de Leite”:
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