Dar atenção à saúde dos cascos do rebanho leiteiro é de extrema importância. Foi um assunto negligenciado por técnicos e produtores durante muito tempo, porém devido à grande demanda de eficiência produtiva, adotar um manejo eficiente para evitar as doenças de casco é parte fundamental da atividade leiteira. Isso porque, atualmente, já se sabe que quando falamos de problemas de casco, falamos de uma série de prejuízos associados a eles.
Para que a propriedade leiteira saiba o quanto pode e deve investir em ações de prevenção a doenças de casco, é necessário entender um pouco a abrangência e as consequências de uma doença digital na saúde financeira da fazenda.
As doenças de casco afetam direta e indiretamente outros setores da fazenda, sendo a queda de produção de leite o efeito direto mais observado e também o mais impactante.
De forma abrangente, os 4 grandes custos com as doenças digitais na fazenda de leite são:
1- Descarte
As chances de descarte aumentam principalmente se a fazenda não possuir um manejo eficiente de identificação dos indivíduos que estão mancando no rebanho. Também aumentam se não houver a execução de tratamentos eficazes. Uma alta taxa de descarte vai certamente gerar complicações futuras na reposição.
2- Serviços veterinários e medicamentos
O diagnóstico rápido e a adoção de tratamento eficaz envolve custos com profissionais veterinários e medicamentos como antibióticos, antiinflamatórios e outros materiais médicos usados nesses processos curativos. Além dessas despesas diretas, ocorre o descarte do leite dos indivíduos tratados com antibióticos.
3- Queda na ingestão de alimentos
Com dor (liberação de cortisol) e apresentando um déficit de movimentação, a tendência dos animais acometidos por lesões no casco é reduzir a ingestão de alimentos. Por consequência, a perda de peso leva a uma série de complicações muito comprometedoras como:
4- Alterações de manejo
O animal manco precisa ser tratado, curado, observado, ter (se necessário) o seu leite ordenhado e descartado, gerando mais um manejo na sala de ordenha. Enfim, a rotina operacional da propriedade é alterada, o que gera custos operacionais significativos.
Sem cascos saudáveis, o rebanho não segue sua vida produtiva de forma natural e estável. A atividade de produção leiteira não fica equilibrada quando há problemas de casco. É necessário trabalhar muito bem o manejo preventivo de saúde dos cascos através de casqueamento e pedilúvio, para que não se tenha uma interferência negativa principalmente na reprodução e na qualidade do leite.
Vem aprender muito mais sobre as doenças de casco!
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