Também conhecida como pinkeye, olho branco e lágrima, a CIB (Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina) é a principal doença que afeta o sistema visual dos bovinos e representa um grande desafio para os produtores rurais, podendo causar prejuízos significativos.
Confira mais detalhes a seguir sobre essa enfermidade.
Afetando animais de todas as faixas etárias, principalmente os bezerros, a ceratoconjuntivite bovina é uma doença altamente contagiosa. Embora raramente cause a morte do animal, os prejuízos econômicos são significativos, tanto para a bovinocultura de leite quanto a de corte. Confira alguns exemplos:
Geralmente os primeiros sinais clínicos da ceratoconjuntivite aparecem cerca de 72 horas após a exposição ao agente causador e incluem lacrimejamento intenso, corrimento nasal, fotofobia (os animais fecham os olhos para evitar a luz), moscas presentes na área afetada e conjuntivite. É importante destacar que a evolução dos sinais clínicos varia de um animal para outro.
Alguns fatores podem aumentar a suscetibilidade para desenvolver essa infecção ocular, incluindo sementes, feno, poeira e outros agentes irritantes mecânicos. Também, a exposição à luz solar, que tem o potencial de causar danos ao epitélio corneano e facilitar a entrada de bactérias. Isso explica o aumento da ocorrência do problema durante o verão. Além disso, bovinos que possuem a área ao redor dos olhos sem pigmentação são mais sensíveis à luz solar e têm maior propensão para desenvolver lesões oculares.
O diagnóstico preciso da ceratoconjuntivite bovina é fundamental para a identificação e contenção do agente causador, minimizando assim os danos econômicos e produtivos causados pela doença. Desta forma, é essencial contar com o apoio de especialistas, como médicos veterinários, para auxiliar nessa fase.
O diagnóstico é apoiado no histórico dos bovinos, sinais clínicos apresentados pelos animais e análise dos fatores de risco. Com o intuito de obtê-lo de forma mais precisa e identificar o agente causador, são utilizadas técnicas moleculares, como por exemplo, o PCR multiplex em tempo real. Esse método apresenta uma alta sensibilidade e especificidade na detecção e diferenciação de 5 patógenos relacionados à ceratoconjuntivite bovina, tais como:
1. M. bovis
2. M. bovoculi
3. Mycoplasma bovis
4. Mycoplasma bovoculi
5. BHV-1
Além disso, para diagnosticar, é possível, a partir da coleta de swab ocular, fazer cultura microbiológica. Essa forma apresenta risco de contaminação da amostra por microrganismos secundários, o que é uma desvantagem.
O tratamento da doença deve ser iniciado o mais rapidamente possível, com o objetivo de evitar lesões irreversíveis da córnea. Veja algumas formas de tratar:
Os bovinos são animais suscetíveis a diversas doenças, incluindo a ceratoconjuntivite, que pode causar prejuízos significativos nas propriedades. Por isso, é importante que os produtores conheçam as principais enfermidades que afetam o rebanho e invistam em medidas preventivas para minimizar os impactos econômicos e de bem-estar animal.
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