A pandemia do Coronavírus está afetando toda a economia mundial e trazendo consequências para o agronegócio.
Segundo o boletim da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), atualizado em 21/03/2020, para as principais commodities agrícolas, como soja, milho e café, houve queda nos preços internacionais. No entanto, em função da alta do dólar, os preços reais não foram impactados. Para o setor sucroenergético e o algodão, o maior problema foi a guerra do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, que derrubou os preços nestes setores.
Em entrevista ao Globo Rural em 15 de março de 2020, o presidente Dilvo Grolli, da COOPAVEL, uma das maiores cooperativas do Brasil, explicou sobre a situação das exportações diante do ápice da doença.
“O impacto já é claro. Primeiro que o Brasil exporta 40% e nós da COOPAVEL também para a Ásia e esse impacto já diminui os volumes vendidos para a Ásia. E o Coronavírus criou uma expectativa de crescimento menor no mundo, essa expectativa de crescimento mundial quebra a confiança dos consumidores de maneira em geral, o medo pelo desemprego, então você tem menos volume exportado, porque há menos perspectiva de venda. Então, o Coronavírus impactou sim nas exportações, principalmente carnes e também dos grãos. Nós teremos sim reflexo das vendas no exterior e os preços começam a ter reflexos negativos em seus valores, comparados com o ano de 2019”.
Segundo uma publicação no site da MilkPoint em 23 de março de 2020, os pontos mais importantes que impactarão o setor lácteo são:
Efeitos de curto prazo:
A publicação da Milkpoint que menciona os pontos mais importantes afetados no setor lácteo está sendo atualizada de forma constante.
O professor Paulo Machado da Clínica do Leite destacou para as fazendas participantes do movimento agro+lean: “Essa situação mostra para gente a importância da gente ter uma fazenda organizada, de termos um sistema gerencial bem robusto, bem maduro. Vocês devem intensificar a implantação das ferramentas na fazenda. Coloque o 5S em prática, a perambulação, identificação de desperdício, reunião diária, solução de problemas e assim por diante. Eu acho que esse é o caminho! Para mim nesse momento, eu acho que a reunião diária é umas das principais ferramentas porque está todo mundo sem saber o que vai acontecer e se vai perder o emprego. Então, é a hora de vocês esclarecerem para o pessoal. Coloque a realidade e a verdade das coisas, trabalhe em equipe, trabalhe em família!”
Maurício Coelho do Grupo Cabo Verde de Passos - MG ressalta:
“Os produtores de leite não podem parar de trabalhar. Eles precisam garantir que os lácteos, alimentos saudáveis e nutritivos, não faltem nesse momento difícil que o mundo está vivendo”.
O momento pede muita calma, paciência e conscientização de todos para que os reflexos não sejam tão duros.
Como destacado pelo professor Paulo Machado, é hora de colocar o 5S em prática. Quer saber como?
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