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7 esclarecimentos sobre a vacinação do rebanho leiteiro




7 esclarecimentos sobre a vacinação do rebanho leiteiro

A vacinação é a maior aliada dos pecuaristas na prevenção e no combate das principais doenças bovinas, uma prática que aparentemente pode até parecer simples, mas na verdade a eficácia deste procedimento sanitário está relacionada a uma série de cuidados que envolvem desde a fabricação do produto até a aplicação da vacina.

Atualmente no Brasil, existem vacinas obrigatórias para algumas doenças do gado, como febre aftosa, brucelose e raiva. É um método fundamental no manejo sanitário e a aplicação deve ser feita de maneira correta garantindo a saúde do rebanho leiteiro.

Algumas dúvidas são muito comuns em relação ao manejo sanitário, como as questões abaixo, esclarecidas pelo médico veterinário Guilherme Gomes:

1) O quê é preciso saber a respeito das seringas? 

 

Para uma aplicação ser bem sucedida é preciso utilizar a seringa correta e as agulhas também devem ser checadas previamente. Para cada tipo de vacina existem agulhas específicas que variam de tamanho e diâmetro.

As seringas mais utilizadas para fazer a vacinação são as pistolas automáticas pela velocidade que consegue aplicar nos animais. Com esse tipo de equipamento é possível ter uma aplicação mais precisa e com maior facilidade de higienização. A aplicação incorreta pode gerar danos aos animais e prejuízos econômicos aos produtores.

2) O pecuarista pode aplicar no animal mais de uma vacina no mesmo dia?

 

Não existe um número máximo de vacinas que podem ser aplicadas no mesmo animal, no mesmo dia. Assim, o produtor ganha tempo no manejo. Mas é preciso treinar o responsável para que as aplicações das vacinas sejam em locais diferentes.

3) A vacina tem eficácia quando o animal está debilitado, doente ou estressado ?

 

É preciso esperar o animal melhorar para depois aplicar a vacina.  Por exemplo, quando o animal está fazendo o uso de antibióticos, este medicamento pode inativar a vacina.

4) Os efeitos da vacina são imediatos?

 

Os efeitos não são imediatos. Existe um período inicial chamado "janela da vulnerabilidade", ou seja, um período em que ainda não há um nível de anticorpos adequados para proteger o animal. A proteção inicia-se após 15 dias da vacinação.

5) Muitos pecuaristas têm o hábito de desinfetar as pistolas de vacinação com álcool, isso é correto?

 

O principal desinfetante que deve ser utilizado na fazenda é a fervura das pistolas por 15 a 20 minutos. O álcool, como qualquer outro desinfetante, perde seu efeito quando entra em contato com matéria orgânica, não sendo a opção ideal, principalmente no caso da vacina viva, em que o álcool pode inativar a vacina.

6) E o caroço após a aplicação da vacina, é normal?

 

O caroço pequeno que aparece e some sozinho é uma reação normal da vacina. Quando tem a formação de abscessos e formação de pus significa que houve problema de higienização nas seringas, agulhas ou contaminação do próprio animal que estava sujo ou ainda no ambiente, não na vacina.

7) Dicas para um bom manejo vacinal

 

Diante dessas questões o Jornal Dia de Campo elaborou algumas dicas para ajudar o produtor leiteiro a obter mais eficácia no processo de vacinação:

  • Adquira produtos confiáveis de alta qualidade, eficácia e segurança.
  • Não vacinar animais doentes, debilitados e estressados.
  • O processo de vacinação deve ser conduzido de uma maneira tranquila, de preferência nos horários mais frescos do dia.
  • As vacinas devem ser mantidas em geladeira (temperatura correta de conservação entre 2° e 8° C).
  • Durante o processo de vacinação, as vacinas também devem estar refrigeradas, por exemplo, em caixa de isopor.
  • Agite o frasco antes de usar.
  • Não guarde frascos abertos, utilize todo o conteúdo. Caso ocorram sobras de vacinas, elas devem ser destruídas.
  • Utilizar seringas e agulhas limpas e esterilizadas. É necessário cuidado no manuseio dos materiais para evitar a contaminação que pode ocasionar abscessos nos animais vacinados.
  • Durante a vacinação, sempre troque a agulha.
  • Em animais vacinados pela primeira vez, a dose reforço é muito importante para a obtenção de níveis ótimos de proteção.
  • Siga sempre as instruções do fabricante da vacina.
  • Busque sempre orientação de um profissional capacitado.

 

A vacinação é um método fundamental para prevenir as doenças mais comuns no rebanho leiteiro:

Guia de prevenção de doenças no rebanho leiteiro gratuito

 

Fundação Roge

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