A vacinação é a maior aliada dos pecuaristas na prevenção e no combate das principais doenças bovinas, uma prática que aparentemente pode até parecer simples, mas na verdade a eficácia deste procedimento sanitário está relacionada a uma série de cuidados que envolvem desde a fabricação do produto até a aplicação da vacina.
Atualmente no Brasil, existem vacinas obrigatórias para algumas doenças do gado, como febre aftosa, brucelose e raiva. É um método fundamental no manejo sanitário e a aplicação deve ser feita de maneira correta garantindo a saúde do rebanho leiteiro.
Algumas dúvidas são muito comuns em relação ao manejo sanitário, como as questões abaixo, esclarecidas pelo médico veterinário Guilherme Gomes:
Para uma aplicação ser bem sucedida é preciso utilizar a seringa correta e as agulhas também devem ser checadas previamente. Para cada tipo de vacina existem agulhas específicas que variam de tamanho e diâmetro.
As seringas mais utilizadas para fazer a vacinação são as pistolas automáticas pela velocidade que consegue aplicar nos animais. Com esse tipo de equipamento é possível ter uma aplicação mais precisa e com maior facilidade de higienização. A aplicação incorreta pode gerar danos aos animais e prejuízos econômicos aos produtores.
Não existe um número máximo de vacinas que podem ser aplicadas no mesmo animal, no mesmo dia. Assim, o produtor ganha tempo no manejo. Mas é preciso treinar o responsável para que as aplicações das vacinas sejam em locais diferentes.
É preciso esperar o animal melhorar para depois aplicar a vacina. Por exemplo, quando o animal está fazendo o uso de antibióticos, este medicamento pode inativar a vacina.
Os efeitos não são imediatos. Existe um período inicial chamado "janela da vulnerabilidade", ou seja, um período em que ainda não há um nível de anticorpos adequados para proteger o animal. A proteção inicia-se após 15 dias da vacinação.
O principal desinfetante que deve ser utilizado na fazenda é a fervura das pistolas por 15 a 20 minutos. O álcool, como qualquer outro desinfetante, perde seu efeito quando entra em contato com matéria orgânica, não sendo a opção ideal, principalmente no caso da vacina viva, em que o álcool pode inativar a vacina.
O caroço pequeno que aparece e some sozinho é uma reação normal da vacina. Quando tem a formação de abscessos e formação de pus significa que houve problema de higienização nas seringas, agulhas ou contaminação do próprio animal que estava sujo ou ainda no ambiente, não na vacina.
Diante dessas questões o Jornal Dia de Campo elaborou algumas dicas para ajudar o produtor leiteiro a obter mais eficácia no processo de vacinação:
A vacinação é um método fundamental para prevenir as doenças mais comuns no rebanho leiteiro:
Apaixonados por educação para o campo! Incansáveis. Ilimitados. Somos um time de talentos, prontos para realizar, para encantar e mais prontos ainda para transformar.
Rua Paulino de Faria, 1269
Centro, Delfim Moreira | MG
Escola Técnica e Processo Seletivo:
+55 (35) 99853-3466