Créditos da imagem: Agro+Lean
Estamos no início da jornada de implantação do sistema MDA e devemos sempre lembrar os princípios gerenciais os quais devem ser internalizados pelos gestores e não podemos esquecer que o foco aqui são as pessoas, ensinar uma nova forma de pensar para que elas construam o sucesso todos os dias.
No artigo “O início da jornada MDA” falamos sobre a escolha do território inicial e agora vamos finalmente colocar a mão na massa. A primeira ferramenta a ser utilizada é o “5 S”. Desenvolvida no Japão, esta metodologia é essencial para começar a mudança de comportamento das pessoas.
São cinco palavras em japonês iniciadas com a letra “S” que definem esta técnica:
1. Seiri (senso de utilização)
A primeira tarefa a ser realizada no território escolhido é definir o que é útil e o que não é. Se algum objeto não tiver função ou for lixo deve ser destinado corretamente e se algo estiver faltando deve ser providenciado.
Logo já se nota a diferença com ganho de espaço, facilidade para encontrar ferramentas e melhor controle de estoque.
2. Seiton (senso de organização)
Após definir o que é útil para o território, é preciso organizar o que ficou para que seja facilmente encontrado. Colocar etiquetas de identificação, separar por cores, criar espaços específicos para cada objeto são exemplos para facilitar o acesso e evitar o desperdício de tempo.
3. Seiso (senso de limpeza)
Depois de selecionar e organizar, agora é hora de limpar. O ambiente limpo é mais saudável, agradável, facilita e melhora as condições de trabalho.
4. Seiktsu (senso de rotina)
Aqui devemos desenvolver padrões que facilitem o trabalho como placas, cores, iluminação, formas, etc. A principal finalidade é manter os três primeiros sensos de forma que eles não se percam.
5. Shitsuke (senso de manutenção/autodisciplina)
Para que uma tarefa vire hábito ela precisa ser executada continuamente sempre da mesma forma. Esta etapa mostrará se as pessoas de fato entenderam a metodologia, pois elas farão o que é necessário sem nenhuma vigilância.
Sugere-se que seja marcado um dia para que todos os envolvidos do território participem desta mudança inicial e comecem a pensar e agir diferente. Deve ser feito também uma monitoria para manter o padrão de qualidade do ambiente (identificado por fotos afixadas no local).
Se aplicada corretamente esta ferramenta trará melhorias no fluxo de trabalho, redução de desperdícios, aumento da qualidade, produtividade e segurança no trabalho e o mais importante, a valorização das pessoas. O ambiente mais saudável ajuda a criar condições para o engajamento e as pessoas passam a se sentir responsáveis por aquele ambiente mantendo o local limpo e organizado.
Quer saber como aplicar 5S nas fazendas de leite?
Médica Veterinária, Pós-Graduada em Administração de Agronegócios e professora da disciplina MDA na Fundação Roge no curso Técnico em Agropecuária. Pelo convívio e envolvimento na atividade leiteira, considera que o sucesso da empresa está condicionado à capacitação gerencial com foco nas pessoas.
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