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4 dicas para a eficiência do manejo sanitário na fazenda de leite




4 dicas para a eficiência do manejo sanitário na fazenda de leite

A sanidade é assunto frequente entre produtores de leite e técnicos ligados ao setor, tanto que temos inúmeros profissionais que atuam apenas nesta área na fazenda. O controle sanitário adequado permite o alcance de novos e mais exigentes mercados e dá a garantia de procedência ao produto comercializado. Pensando nisso, este artigo cita quatro pontos importantes para que o manejo sanitário seja eficiente e realmente possa trazer diferenciais para as propriedades que os praticarem. Confira:

 

 

1. Seguir corretamente o calendário de vacinação

 

Este cronograma normalmente é montado para cada fazenda pelo veterinário responsável de acordo com cada realidade, porém existem algumas vacinas obrigatórias como, por exemplo, a vacina contra Febre Aftosa. Exceto as propriedades dos estados certificados como livres sem vacinação estão dispensados, o restante precisa aplicar em Maio (todos os animais) e em Novembro (animais até 24 meses).

É de extrema importância que a fazenda siga o calendário das vacinações previstas para evitar a ocorrência grave de doenças que podem até mesmo dizimar o rebanho. No caso de vacinas obrigatórias, a propriedade fica restrita à movimentação e venda de animais caso não comprove junto ao órgão competente a sua efetivação.

 

2. Fazer quarentena na compra de animais

 

Quando for necessário adquirir animais de fora é indispensável fazer a quarentena antes da introdução dos mesmos no rebanho, isto porque os animais vindos de outras propriedades podem trazer consigo microrganismos patogênicos que não estão presentes e causar transtornos com a disseminação de doenças. É necessário realizar testes como CMT, tuberculose, cultura microbiológica do leite entre outros. 

 

3. Seguir recomendações de tempo para tratamento

 

Principalmente quando se trata de antibioticoterapia, ou seja, tratamento com antibióticos. Atualmente as bactérias já apresentam grande resistência a estes medicamentos exatamente por uso indevido. Se a recomendação para o tratamento de uma mastite, por exemplo, é de cinco dias de antibiótico intramamário, muitas vezes com três dias de tratamento os sintomas já desapareceram, o que não significa cura, e os colaboradores não terminam o tratamento. 

O fato de não tratar o animal em todos os dias recomendados pode selecionar bactérias resistentes que se multiplicam e em uma próxima manifestação de doença o mesmo antibiótico não será mais eficaz e será preciso antibióticos cada vez mais potentes. Enfrenta-se uma grande dificuldade hoje em dia neste sentido e há uma verdadeira campanha para redução no uso deste medicamento.

 

4. Fazer vazio sanitário nas instalações

 

Sempre que possível, quando um animal estiver doente em um ambiente ou mesmo houver uma troca de lotes, no caso de bezerras, por exemplo, é de suma importância fazer o vazio sanitário, procedendo a uma desinfecção completa e deixando o ambiente sem animais por alguns dias para “quebrar o ciclo” de contaminação e transmissão de microrganismos. 

O ideal é que se tenha uma baia ou espaço adequado para separação de animais doentes, a fim de oferecer-lhes o melhor tratamento e conter o contágio se for este o caso. Este espaço deve ser desinfetado todas as vezes que um animal passar pelo que se pode considerar como o “hospital da fazenda”.

O melhor remédio sempre será a prevenção. Deve-se trabalhar com o intuito de evitar a ocorrência de doenças. 

Estas dicas podem auxiliar o produtor a melhorar a eficiência do manejo sanitário em sua propriedade e consequentemente ter animais mais saudáveis e produtivos, o que certamente garantirá uma maior rentabilidade para o negócio.

 

Que tal aprender a prevenir as doenças do seu rebanho?

 

Priorizar a prevenção de doenças é uma estratégia eficaz para assegurar a saúde ideal dos rebanhos leiteiros. As enfermidades podem causar prejuízos significativos em relação ao bem-estar animal e também em termos econômicos. 

Conheça algumas causas e como evitar as doenças mais comuns que acometem os bovinos:

 

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Leidiane Cristina Batista de Souza

Leidiane Cristina Batista de Souza

Médica Veterinária, Pós-Graduada em Administração de Agronegócios e professora da disciplina MDA na Fundação Roge no curso Técnico em Agropecuária. Pelo convívio e envolvimento na atividade leiteira, considera que o sucesso da empresa está condicionado à capacitação gerencial com foco nas pessoas.