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Fertilização In Vitro: vantagens e custos de produção




Viabilidade Econômica da Biotecnologia Fiv- Fertilização In Vitro Na Bovinocultura Leiteira

* Texto adaptado do trabalho de conclusão de curso “Viabilidade econômica da biotecnologia FIV- fertilização in vitro na bovinocultura leiteira, de Bruno Luiz Mendes Meirelles, aluno do Curso de Agropecuária da Academia do Leite, sob orientação do professor: Bruno Guimarães Salomon.


O mercado pecuário leiteiro mundial com a sua exigência em padronização dos animais tem buscado novas tecnologias de reprodução, que vêm se aprimorando para atender à demanda do mercado. (LOBATO, 2016).

Segundo Barbosa e Carrijo (2016), com o uso da técnica da FIV na reprodução de bovinos leiteiros, a seleção de animais para o melhoramento genético pode ser encurtado em três gerações ou cerca de dez anos de seleção, permitindo uma evolução na produção e na qualidade do leite.


Investimento
Essa técnica foi desenvolvida com o intuito de ajudar os proprietários de fazendas de leite, apesar do uso dessa biotecnologia ser um pouco mais cara do que a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) que é uma das mais utilizadas na reprodução de bovinos. Uma bezerra filha de FIV em sua primeira lactação, já se pagaria com tranquilidade o investimento com a compra de genética, por meio da FIV. (LOBATO, 2016).

Vantagens do uso da FIV

Com essa técnica as vantagens sobre a produção convencional é significante, pois consegue produzir uma quantidade de maior de embriões podendo chegar a uma média de 50 por ano de apenas uma doadora, assim multiplicação de bezerros com a técnica FIV pode maximizar em quase 100% os resultados na seleção genética. O animal produzido com a técnica é considerado superior aos seus pais e mães, vantagem difícil de encontrar quando o animal é gerado de uma prenhez normal. O ganho por aumento da produtividade é bem maior, já que é utilizado sêmen da alta qualidade. (REVISTA VETERINÁRIA 2018)

Custos para produção

Os custos para produção em escala têm se tornado mais interessante e comparamos custo de protocolo, serviço, prenhez. A FIV apresenta um excelente custo/benefício para o produtor. Os índices reprodutivos são a chave para o sucesso da aplicação da técnica. Índices de prenhez variando de 40% até 60% já são realidade na FIV, quando transferimos embriões a fresco e isso tem representado números expressivos dentro de rebanhos leiteiros, por exemplo, para diminuir períodos em aberto de animais em produção, especialmente quando analisamos o período quente do ano, onde as taxas reprodutivas das propriedades diminuem consideravelmente. (ANIMAL BUSINESS BRASIL 2018)

Mercado da Fertilização In Vitro

Com a exigência do mercado mundial por qualidade e padronização dos produtos de origem animal, as técnicas de reprodução artificial bovina no Brasil teve acessão por conta a competição entre a pecuária, a agricultura e a bioenergia.

Quase três décadas após o início das primeiras pesquisas, o país teve um grande desenvolvimento e domínio das técnicas de reprodução animal assistida. Líder na produção de diversas culturas e criações da agropecuária mundial, o Brasil é o principal produtor de embriões bovinos pela técnica de Fertilização in vitro (FIV) e exporta para países como Bolívia, Uruguai, Paraguai, Costa Rica, Botwana, Moçambique, República Dominicana e Etiópia. O mercado de exportação de embriões foi aberto em 2015 e cada vez vem aumentando a procura de outros países. (ANIMAL BUSINESS BRASIL 2017)

O Brasil conta com centrais de transferência de embriões que oferece serviço completo de FIV. Alguns possuem parceria comercial com laticínios que ajudam o produtor de 50% até 75% de prenhes. (ANIMAL BUSINESS BRASIL. 2017).

Com o mercado em expansão, o volume de embriões produzido por meio da técnica FIV tem crescido nos últimos anos. De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Internacional de Tecnologia de Embriões (IETS), a produção cresceu mais de 300% em 15 anos. Em 2002 a produção era de 160,695 e atingiu em 2016 a marca de 666.215, no mesmo ano em que a técnica superou pela primeira vez o volume de embriões in vivo. A figura abaixo foi publicada por “Blondin, em 2015” no artigo “Status of embryo production in the world” e atualizado com os dados divulgados pela IETS nos “Embryo Transfer Newsletter” (2015 a 2017). (IVBNWS.2018).

Figura - Evolução in vitro x in vivo

fiv

 

 

Além da FIV existem outras ferramentas que podem contribuir para os índices reprodutivos da fazenda.

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Fundação Roge

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