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Doenças parasitárias em bovinos: quais as mais comuns e como tratar?




FUNDAÇÃO ROGE: Doenças parasitárias

As doenças parasitárias representam um dos principais desafios para os produtores de leite no Brasil. Invisíveis a olho nu ou facilmente negligenciadas, elas comprometem o bem-estar animal, afetam severamente a produtividade do rebanho e impactam diretamente a rentabilidade das fazendas.

Conhecer as principais doenças e entender como lidar com elas é essencial para manter a saúde do rebanho e garantir a sustentabilidade da produção. Vamos às informações que você precisa? 

 

O impacto das doenças parasitárias em bovinos

 

As doenças em bovinos de leite causadas por parasitas, sejam eles internos (endoparasitas) ou externos (ectoparasitas), vão muito além de sintomas clínicos visíveis. Mesmo infestações subclínicas, quando não identificadas a tempo, reduzem a eficiência alimentar, atrasam o desenvolvimento dos animais e comprometem a taxa de prenhez, a idade ao primeiro parto e o intervalo entre partos. 

Para os recém-nascidos, as bezerras infectadas podem ter o crescimento comprometido, e vacas em lactação apresentam quedas expressivas na produção de leite.

O prejuízo é econômico e duradouro. Estima-se que as perdas anuais causadas por parasitas ultrapassem os 13 bilhões de dólares. Além disso, animais infectados têm o sistema imunológico comprometido, tornando-se mais vulneráveis a outras enfermidades. A infestação, portanto, é um problema de saúde, produtividade e gestão sanitária.

 

As principais doenças parasitárias em bovinos

 

O primeiro passo para combater as doenças parasitárias em bovinos é conhecer seus principais agentes. A seguir, estão listadas as mais frequentes e seus efeitos:

  • Tristeza parasitária bovina (TPB): é causada por protozoários (Babesia spp.) e riquétsias (Anaplasma marginale), transmitidos principalmente pelo carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Os sintomas incluem febre, apatia, anemia, pelos arrepiados e perda de peso. É uma das doenças mais graves e comuns nos rebanhos brasileiros.

  • Parasitoses gastrointestinais mistas: envolvem helmintos como Trichostrongylus, Cooperia, Ostertagia, entre outros. Causam diarreia, inapetência, edemas submandibulares, perda de peso e, em casos graves, morte do animal.

  • Eimeriose (coccidiose): comum em bezerros entre quatro semanas e um ano, leva à diarreia intensa, perda de peso e desidratação. É uma das principais causas de mortalidade em animais jovens.

  • Fasciolose: provocada pela Fasciola hepática, compromete o fígado dos bovinos e pode resultar em queda na produção de leite e carne, além de levar o animal à morte.

  • Dictiocaulose: Doença respiratória causada por helmintos do gênero Dictyocaulus spp. Provoca tosse, dificuldade respiratória e pode reduzir drasticamente a produtividade.

  • Miíases e bernes: infestações por larvas que se instalam sob a pele, gerando dor, infecções e queda na produção. As miíases também podem evoluir para quadros graves se não tratadas.

  • Mosca-dos-chifres (Haematobia irritans): além do incômodo constante, provoca perda de sangue e estresse, o que compromete a eficiência alimentar e a produção.

 

Como tratar as doenças parasitárias em bovinos

 

O tratamento das doenças parasitárias exige diagnóstico preciso e manejo adequado. Cada parasita demanda cuidados específicos, mas algumas estratégias se aplicam à maioria das enfermidades:

  • Controle químico adequado: o uso de antiparasitários como ivermeccidas e benzimidazóis é eficaz, mas deve ser feito com acompanhamento veterinário para evitar resistência.

  • Fitoterapia e homeopatia: produtos naturais à base de óleos essenciais ou medicamentos homeopáticos têm ganhado espaço como alternativas sustentáveis, com menor impacto ambiental e boa resposta em programas preventivos.

  • Controle biológico: introdução de inimigos naturais, como fungos entomopatogênicos, é uma prática inovadora e promissora para o controle de ectoparasitas como carrapatos.

  • Manejo sanitário: seguir protocolos de vacinação, vermifugação, isolamento de animais doentes e higienização do ambiente é indispensável.

  • Pastoreio rotacionado e controle ambiental: alternar piquetes, realizar roçadas periódicas e manter o pasto limpo reduzem a carga parasitária no ambiente.

  • Monitoramento constante: avaliar regularmente o rebanho, incluindo exames laboratoriais, é essencial para detecção precoce e intervenção rápida.

 

Cuide do seu rebanho evitando parasitas!

 

Mais do que tratar, é preciso antecipar os riscos e atuar de forma contínua no controle dos parasitas. Medidas integradas, como o manejo sanitário adequado, o uso consciente de medicamentos e o investimento em alternativas sustentáveis, fazem toda a diferença.

 

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