Blog

Como utilizar o capim elefante na alimentação de vacas leiteiras




Como utilizar o capim elefante na alimentação de vacas leiteiras-1A alimentação bovina é uma das atividades de maior investimento na fazenda de leite. O capim elefante surge neste contexto como alternativa para a redução de custos. Caracterizado como gramínea, a forrageira apresenta fácil adaptação em várias regiões do Brasil, boa palatabilidade, resistente à seca e a doenças e pragas. É muito comum a utilização de capim elefante na alimentação de vacas leiteiras em sistemas de pastejos rotacionados, por ser uma alternativa mais barata comparada ao sorgo e ao milho em épocas em que o grão está mais caro.

Vantagens

  • Produtividade: Forrageira de alta produtividade e sempre foi usado para a suplementação do pasto, principalmente no período da seca.
  • Qualidade: Possui boa qualidade, mas em relação ao nível proteico é preciso o uso de suplementação energética.
  • Silagem: o capim pode ser utilizado para a produção de silagem.
  • Perenidade: a espécie é perene, ou seja, é ofertado ao longo de todo o ano, e se bem manejado, dura de 10 a 15 anos.
  • Custo: a utilização do capim elefante na alimentação de vacas apresenta ótimo custo benefício.

 

Dicas para plantar e utilizar o capim-elefante

A Embrapa Gado de Leite elaborou algumas dicas de formação e utilização de pastagem de capim:

Escolha da área: o capim-elefante deve ser plantado em áreas bem drenadas ou em meia-encosta mecanizável, de preferência próximo ao curral de manejo. Quando for utilizado para vacas em lactação, deve ficar próximo ao curral. Solos muito argilosos ou rasos devem ser evitados.

Análise de solo: fazer amostragem representativa da área a uma profundidade de 0 a 20 cm. Os resultados obtidos permitirão recomendar calagem e adubação racionalmente.

Calagem: Se necessário, o calcário deve ser distribuído e incorporado por meio de gradagem com 60 a 120 dias de antecedência ao plantio.

Plantio: deve ser feito em sulcos espaçados de 50-70 cm e com profundidade de 20-30 cm. Coloque sempre que possível duas fileiras de colmos e cobrir com 10 cm de terra.

Adubação de Plantio: o adubo fosfatado deve ser aplicado de uma só vez no fundo dos sulcos por ocasião do plantio. O nitrogênio e o potássio serão aplicados em cobertura após o pastejo de uniformização ou, se for preciso, quando a planta atingir em torno de 60 cm de altura.

Mudas: as melhores mudas devem ser maduras, bem desenvolvidas e terem acima de 120 dias de idade, as quais vão gerar plantas vigorosas. Com 1ha de mudas, em geral, formam-se 6 ha de pasto com espaçamento de 0,5 - 0,7 m.

Cálculo da área: a área de pastagem a ser formada é em função do número de vacas ou garrotes (UA/ha) e da taxa de lotação recomendada.

Piquetes: recomenda-se dividir a pastagem em 11 piquetes de área semelhante, de forma a permitir um período de ocupação de três dias em cada piquete, com descanso de 30 dias.

Cercas: as divisões internas podem ser feitas com cerca elétrica, com um só fio de arame liso na altura de 1 m com suportes distanciados de 10 a 15 m, ou com cerca fixa. Os esticadores são colocados a 50 m ou mais um do outro. As cercas de contorno devem ser de arame farpado. A fonte de energia pode ser a elétrica, por meio de bateria ou energia solar. Caso haja necessidade de corredor, este deve ter uma largura em torno de 4 m com cerca fixa.

Manejo da pastagem: começa com o pastejo de uniformização visando formar um gradiente de crescimento diferenciado dos piquetes, o que deve ser feito quando o capim atingir 1,00 m de altura, rebaixando-o até 60-70 cm. Evitar o superpastejo.

Altura do Pasto na Entrada: os animais devem entrar no piquete quando o capim estiver com altura de 1,70 a 1,80 m.

Saída do Pasto: os animais devem sair do piquete quando este atingir em torno de 1,00m de altura do capim, levando-se em conta o desfolhamento da pastagem. Deve-se deixar um resíduo de 15 a 20% de folhas, para permitir uma rebrota mais rápida. Normalmente não há necessidade de podar o capim após a saída dos animais dos piquetes. Se sobrar capim após os três dias de pastejo, recomenda-se fazer um repasse.

Água e Sombra: não há, obrigatoriamente, necessidade de água e sombra em todos os piquetes. O bebedouro, o sal mineral e a sombra devem ficar, de preferência, no curral de manejo.

Suplementação na seca: a pastagem de capim-elefante reduz sua produção de forragem na época seca, sendo necessário suplementar os animais com volumoso. Silagem de milho ou sorgo, feno, cana-de-açúcar com 1% de ureia e forrageiras de inverno, como aveia e azevém, são alternativas utilizadas, além do concentrado quando necessário.

DICA OURO BRANCO

O capim elefante é uma opção econômica e com diversas vantagens, mas o produtor precisa ficar atento com os custos extras para que a dieta do animal não fique mais cara. Coloque na ponta do lápis todos os custos da alimentação do animal: concentrados, volumosos, suplementos, e depois analise.


Assim como o capim elefante a cana de açúcar é um boa opção para a alimentação bovina.

CLIQUE AQUI E CONHEÇA!

 

Fundação Roge

Fundação Roge

Apaixonados por educação para o campo! Incansáveis. Ilimitados. Somos um time de talentos, prontos para realizar, para encantar e mais prontos ainda para transformar.