Imagem: Cássia Siqueira e Maria Rafaela Tavares
Trabalho de Formação Técnica apresentado pelas alunas Cássia Siqueira e Maria Rafaela Tavares na conclusão do Curso Técnico em Agropecuária da FUNDAÇÃO ROGE em 2021.
As bactérias no colostro passam despercebidas aos olhos do produtor e podem impactar a saúde das bezerras recém-nascidas. Cientes disso, as alunas Cássia Siqueira e Maria Rafaela Tavares, formandas do Curso Técnico em Agropecuária da Academia do Leite/FUNDAÇÃO ROGE em 2021, desenvolveram uma proposta para facilitar essa avaliação através de um teste rápido e fácil.
Ao nascer, o bezerro recebe sua primeira alimentação, que se nomeia colostro, normalmente fornecido por mamadeiras ou sonda. O colostro é a base de imunidade para o bezerro, fornecendo gordura e proteína. O colostro traz um alto teor de gordura em sua composição e isso reflete nos anticorpos-imunoglobulinas, que normalmente são proteínas encontradas na circulação sanguínea e se resulta em uma parte importante do sistema imune dos bovinos. Estes atuam encontrando as bactérias e as destruindo, além de combater também outros microrganismos.
A ingestão de um colostro de alta qualidade é reconhecida como fator determinante de uma boa saúde e sobrevivência do neonato. A avaliação do colostro é realizada para obter-se resultados sobre a qualidade de imunidade passiva. Pode ser feita através de:
Colostrômetro:
Este instrumento classifica o colostro como baixa qualidade (vermelho) quando Ig < 20 mg/mL; moderado (amarelo) para o intervalo de 20 – 50 mg/ mL; e excelente (verde) para valores de Ig maiores que 50 mg/mL (BITTAR, 2020).
(Imagem: as autoras)
Refratômetro de Brix
A porcentagem de Brix pode ser relacionada com a concentração de imunoglobulinas do colostro. O valor que indica um colostro de boa qualidade é maior que 21 % de Brix (BITTAR, 2020).
Clique aqui para aprender a avaliar o colostro com o refratômetro.
(Imagem: as autoras)
Colostro Balls
O colostro balls é uma outra alternativa que avalia a qualidade do colostro com base na sua densidade. Consiste em um conjunto com seis bolas (3 bolas verdes, 1 laranja e 2 vermelhas) com densidades distintas e que quando adicionadas em um recipiente contendo o colostro, flutuam.
(Imagem: as autoras)
O colostro fornecido pode ser contaminado por microrganismos e reduzir o desempenho animal, aumentar as taxas de morbidade e mortalidade. Algumas doenças podem ser transmitidas via colostro, devido a presença de bactérias. (BITTAR,2016). Esses microrganismos podem ser encontrados em glândulas mamárias infectadas ou até mesmo podem ser oriundos de contaminação bacteriana após a coleta do material.
A higiene ao manusear o colostro é essencial, sendo primordial uma boa realização desta ação pois será isso que influenciará a quantidade de bactérias que contaminarão no intervalo da ordenha até seu fornecimento (EDUCAPOINT, 2018).
A proposta desenvolvida pelas alunas em seu trabalho de conclusão do curso técnico teve o intuito de inovar o mercado com um reagente capaz de identificar o teor de bactérias presente na amostra de colostro que for coletada para tal análise, de forma visível e instantânea.
Para isso, utilizaram o reagente REDUTASE, que difere em tonalidades o resultado. O teste de redutase é um método utilizado para avaliar a quantidade microbiológica do leite.
Com a realização do teste em recipiente apropriado, confirmou-se que os métodos propostos foram realmente eficazes. O reagente trouxe um resultado positivo, trazendo uma possibilidade de melhoria no manejo do colostro e ampliando os benefícios para a saúde dos animais.
(Imagens: as autoras)
Clique aqui para acessar o trabalho completo de pesquisa da avaliação microbiológica instantânea do colostro.
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