A preocupação com o bem estar do rebanho bovino envolve, principalmente, a questão do conforto térmico. Atentos a esta questão e pensando em colaborar com pequenos produtores, os alunos do Curso Técnico em Agropecuária da Academia do Leite Evandro Sales e Evandro Santos, desenvolveram uma ferramenta para aferição de temperatura ambiente animal.
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“Os bovinos possuem uma zona de conforto térmico que varia de 10°C a 20°C. A zona termoneutra em que os animais mantêm a temperatura corporal por meio das trocas que os mesmos fazem com o ambiente é de 5°C a 25°C. A temperatura corporal dos bovinos quando estão em conforto térmico é de 38,5°C a 39,1°C, e é considerado um animal com estresse calórico com uma temperatura acima de 39,4°C.” (Sales; Silva, 2020)
Os animais, quando em estresse calórico, ficam ofegantes, consomem mais água, não se alimentam direito e ficam buscando sombra. Esta situação leva a perdas produtivas e reprodutivas.
Sendo o Brasil uma região tropical de temperaturas elevadas, a atenção ao conforto térmico dos rebanhos deve ser uma das prioridades na fazenda.
A partir de uma observação no estágio e partindo do pressuposto de que muitos produtores com sistema de confinamento não utilizam medidas para aumentar o conforto térmico de seus animais por não possuírem uma forma fácil e eficiente de monitorar a temperatura, os alunos se comprometeram a desenvolver uma ferramenta para isso.
A ferramenta para aferição de temperatura ambiente desenvolvida pelos alunos é para permanecer fixa em um local na área de confinamento.
“Um termômetro que medirá a temperatura do ambiente a que os animais são submetidos, de forma constante. Quando essa temperatura estiver acima do ideal permitido pela zona de conforto térmico animal, o equipamento alerta o produtor acendendo uma luz de led vermelha, para que o produtor possa tomar uma decisão instantânea, como por exemplo, aumentar a velocidade dos ventiladores, ligar os aspersores, nebulizadores, entre outros, para poder estar amenizando os danos causados pelo estresse calórico.” (Sales; Silva,2020)
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