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7 Plantas tóxicas que podem envenenar o rebanho de leite




7 Plantas tóxicas que podem envenenar o rebanho de leite

Animais criados a pasto possuem maior facilidade de movimentação e com isso o risco da ingestão de plantas tóxicas aumenta. Segundo artigo da Revista Leite Integral em abril de 2018, “no Brasil, casos de intoxicação por plantas são comuns e ocupam a terceira posição entre as principais causas de mortalidade em bovinos, perdendo somente para raiva e botulismo”.

7 Plantas que podem intoxicar as vacas leiteiras

 

Para evitar prejuízos, é importante que o produtor leiteiro tenha conhecimento das principais plantas tóxicas para bovinos:

1-   Tetrapterys Multiglandulosa spp. (Acutifolia, Ramiflora)

Nomes vulgares: Cipó-preto, Cipó-ruão, Cipó-vermelho;

  • Presente em todos os estados da região Sudeste;
  • Mais no período da seca;
  • Brotos apresentam boa palatabilidade.

 

Sinais clínicos: Edema de barbela e na região esternal, jugular com pulso positivo, aborto, relutância do animal em andar, emagrecimento progressivo, fezes ressequidas.

2-   Solanum Malacoxylon (variedade glabra e pilosa).

Nome vulgar: Espichadeira.

  • Bovinos acima de 15 meses;
  • Encontrada no pantanal do Mato Grosso;
  • Calcificação distrófica no endocárdio, artérias, tecidos moles e tendões;

 

Sinais clínicos: Emagrecimento progressivo, pelos ásperos, sinais de fraqueza, abdômen retraído, dificuldade de locomoção e andar rígido, apoio das pinças dos cascos no chão, insuficiência cardíaca e respiratória, caracterizadas por cansaço e dispneia, decúbito, arritmias cardíacas.

3-   Mascagnia (Pubiflora, Rígida, Coriacea, Elegans).

  Nomes vulgares:

    - Mascagnia pubiflora: corona, timbó, cipó-prata;

    - Mascagnia rigida: tingui, salsa-rosa, péla-bucho, quebra-bucho;

    - Mascagnia coriaceae: suma-roxa, suma, quebra-bucho;

    - Mascagnia elegans: rabo-de-tatu;

  • Encontrada nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo;
  • Boa palatabilidade;
  • Quando a planta está brotando, a toxicidade é maior;

 

Sinais clínicos: Relutância em levantar e caminhar, tremores musculares, quedas, movimento de pedalagem, convulsões, morte. O animal pode ter alterações cardíacas e neuromusculares de evolução superaguda, com morte súbita.

4-    Palicourea marcgravi. ATENÇÃO!

       Nomes vulgares: Cafezinho, erva-de-rato, erva-café, café-bravo;

  • Planta que mais mata bovinos no Brasil (80% dos casos);
  • Ampla distribuição, exceto na região Sul;
  • Apresenta alta palatabilidade;
  • Efeito cumulativo;

 

Sinais clínicos: Desequilíbrio do trem posterior, tremores musculares, movimentos de pedalagem, dispneia, membros distendidos, taquicardia, convulsão e morte; Os sinais aparecem em poucas horas após a ingestão da planta (5 a 24 horas) e apresentam um quadro superagudo (o animal pode morrer em 1 a 15 minutos).

5-      Cestrum (Axillare, Parqui, Corymbosum, Sendtenerianum).

    Nomes vulgares: Coerana, dama-da-noite, canema, anilão, maria-preta,          pimenteira.

  • Encontrada em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina;
  • Causa intoxicação aguda
  • Parte tóxica da planta: folhas e frutos.

 

Sinais clínicos: Apatia e anorexia, narinas secas, pelos arrepiados, ranger de dentes, andar relutante, sonolência. Quando em pé, o animal mantém a cabeça baixa ou apoiada em obstáculos, isolamento, diminuição dos movimentos do rúmen, salivação abundante, agressividade, hiperexcitabilidade, tremores musculares, decúbito esternal, movimentos de pedalagem, extremidades frias.

6-    Pteridium Aquilinum.

       Nomes vulgares: Samambaia, samambaia-do-campo, samambaia-das-taperas;

  • Encontrada em lugares de maior altitude em solos ácidos e arenosos;
  • Tóxica verde ou seca e tem poder cumulativo;

 

Sinais clínicos: pêlos arrepiados, perda de peso e andar cambaleante, tristeza, hemorragias cutâneas e das cavidades naturais, edema de garganta, aumento da temperatura corporal, palidez das mucosas, petéquias e hematúria intermitente.

7-   Ricinus Communis.

      Nomes vulgares: Mamona, carrapateira, palma-de-cristo, regateira.

  • A intoxicação natural pela planta tem sido registrada na região nordeste, devido à fome;
  • Não possui efeito cumulativo;

 

Sinais clínicos: inquietação, andar desequilibrado, necessidade de deitar após certa marcha, tremores musculares, sialorreia, eructação excessiva, atonia ruminal, diarreia sanguinolenta, dores abdominais, anorexia, incoordenação, insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda.


Recomendações

 

É importante que o produtor verifique toda área de pasto para verificar se existe a presença de algum tipo de planta tóxica. Caso seja identificada, é preciso:

  • Retirar o rebanho da área;
  • Fazer o isolamento da área;
  • Tratar os animais;
  • Fazer a erradicação das plantas.

DICA OURO BRANCO:

 

A intoxicação bovina por plantas pode ocorrer em qualquer circunstância, mas a fome favorece ainda mais. Então ofereça uma alimentação de qualidade e na quantidade certa para o seu rebanho!


Se por um lado existem plantas tóxicas que ameaçam os rebanhos, algumas plantas medicinais podem ser benéficas aos bovinos. Quer saber como?

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Fundação Roge

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