Animais criados a pasto possuem maior facilidade de movimentação e com isso o risco da ingestão de plantas tóxicas aumenta. Segundo artigo da Revista Leite Integral em abril de 2018, “no Brasil, casos de intoxicação por plantas são comuns e ocupam a terceira posição entre as principais causas de mortalidade em bovinos, perdendo somente para raiva e botulismo”.
Para evitar prejuízos, é importante que o produtor leiteiro tenha conhecimento das principais plantas tóxicas para bovinos:
Nomes vulgares: Cipó-preto, Cipó-ruão, Cipó-vermelho;
Sinais clínicos: Edema de barbela e na região esternal, jugular com pulso positivo, aborto, relutância do animal em andar, emagrecimento progressivo, fezes ressequidas.
Nome vulgar: Espichadeira.
Sinais clínicos: Emagrecimento progressivo, pelos ásperos, sinais de fraqueza, abdômen retraído, dificuldade de locomoção e andar rígido, apoio das pinças dos cascos no chão, insuficiência cardíaca e respiratória, caracterizadas por cansaço e dispneia, decúbito, arritmias cardíacas.
Nomes vulgares:
- Mascagnia pubiflora: corona, timbó, cipó-prata;
- Mascagnia rigida: tingui, salsa-rosa, péla-bucho, quebra-bucho;
- Mascagnia coriaceae: suma-roxa, suma, quebra-bucho;
- Mascagnia elegans: rabo-de-tatu;
Sinais clínicos: Relutância em levantar e caminhar, tremores musculares, quedas, movimento de pedalagem, convulsões, morte. O animal pode ter alterações cardíacas e neuromusculares de evolução superaguda, com morte súbita.
Nomes vulgares: Cafezinho, erva-de-rato, erva-café, café-bravo;
Sinais clínicos: Desequilíbrio do trem posterior, tremores musculares, movimentos de pedalagem, dispneia, membros distendidos, taquicardia, convulsão e morte; Os sinais aparecem em poucas horas após a ingestão da planta (5 a 24 horas) e apresentam um quadro superagudo (o animal pode morrer em 1 a 15 minutos).
Nomes vulgares: Coerana, dama-da-noite, canema, anilão, maria-preta, pimenteira.
Sinais clínicos: Apatia e anorexia, narinas secas, pelos arrepiados, ranger de dentes, andar relutante, sonolência. Quando em pé, o animal mantém a cabeça baixa ou apoiada em obstáculos, isolamento, diminuição dos movimentos do rúmen, salivação abundante, agressividade, hiperexcitabilidade, tremores musculares, decúbito esternal, movimentos de pedalagem, extremidades frias.
Nomes vulgares: Samambaia, samambaia-do-campo, samambaia-das-taperas;
Sinais clínicos: pêlos arrepiados, perda de peso e andar cambaleante, tristeza, hemorragias cutâneas e das cavidades naturais, edema de garganta, aumento da temperatura corporal, palidez das mucosas, petéquias e hematúria intermitente.
Nomes vulgares: Mamona, carrapateira, palma-de-cristo, regateira.
Sinais clínicos: inquietação, andar desequilibrado, necessidade de deitar após certa marcha, tremores musculares, sialorreia, eructação excessiva, atonia ruminal, diarreia sanguinolenta, dores abdominais, anorexia, incoordenação, insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda.
É importante que o produtor verifique toda área de pasto para verificar se existe a presença de algum tipo de planta tóxica. Caso seja identificada, é preciso:
A intoxicação bovina por plantas pode ocorrer em qualquer circunstância, mas a fome favorece ainda mais. Então ofereça uma alimentação de qualidade e na quantidade certa para o seu rebanho!
Se por um lado existem plantas tóxicas que ameaçam os rebanhos, algumas plantas medicinais podem ser benéficas aos bovinos. Quer saber como?
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