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7 Dicas para a sucessão nas pequenas fazendas leiteiras




7 Dicas para a sucessão nas pequenas fazendas leiteiras

A sucessão no campo ainda é um assunto muito discutido. Manter a propriedade rural da família (o famoso “de pai para filho”) pode ou não ser atrativo aos jovens. Mas tudo fica mais fácil quando se fala em profissionalização e  transparência entre os membros da família.

Manter um jovem no campo e mostrar a ele a potencialidade de construção de uma carreira no agronegócio pode ser tarefa difícil, mas é possível fazê-lo enxergar que a agropecuária é uma das áreas que não vê crise no Brasil e que profissionais dessa área encontram grandes oportunidades.

Estima-se que atualmente existem em torno de 5 milhões de propriedades rurais no País. Mas estudos de instituições agropecuárias indicam que 40% delas devem deixar de operar até 2030. E um dos principais motivos é a sucessão mal feita.

Segundo o especialista da Embrapa, Fábio Diniz, nas grandes propriedades o processo de sucessão costuma ser mais tranquilo, pois, além de o negócio ser profissionalizado, a família tem mais suporte e apoio no processo. Já nas propriedades familiares a transferência da administração da propriedade rural é mais complicada, sendo que mais de 1 milhão de propriedades leiteiras no Brasil são de produtores familiares.

Segundo Diniz, algumas peculiaridades desse setor que tornam o processo complicado são: a idéia de que sucessão remete à morte, à substituição do pai, e a confusão entre o local de trabalho com o espaço de vida pessoal.

Planejando a sucessão:

 

Especialistas dão alguns conselhos para que a sucessão em fazendas leiteiras aconteça de forma mais tranquila e eficiente:

1) Boa comunicação:

É preciso conversar sobre o assunto, discutir o que cada um pensa sobre o futuro, para evitar conflitos familiares. O diálogo e a transparência são fundamentais para permitir a continuidade da atividade.

2) Planejamento a longo prazo:

Planejar desde cedo evita o “choque”. Não há uma idade indicada, o importante é que os filhos tenham maturidade para começar a entender o negócio e a ter autonomia para tomar decisões.

3) Planejar a profissionalização:

É importante buscar a capacitação profissional na área em que o jovem sucessor irá atuar. Não apenas o conhecimento técnico, mas também os conceitos administrativos necessários ao comando da propriedade. Profissionalização pode ser o grande diferencial da atuação dos sucessores.

O pecuarista paranaense Ronald Rabbers explica que buscou tecnologias para aumentar a produção de leite e permitiu a profissionalização dos filhos, sempre com foco no futuro da atividade e da família: “Sempre conversamos muito sobre isso, mas os deixo à vontade para decidir o que fazer. E eles me acompanham nas atividades diárias. O Lucas já está cursando veterinária. É um trabalho árduo, não é brincadeira. Precisa gostar e ter disposição, a produção de leite nos consome 24 horas por dia, todos os dias. Não tem folga. E nem sempre o mercado corresponde. Mas, claro, é uma atividade viável.”

4) Dividir as funções, não a propriedade:

Gerar envolvimento com responsabilidades distribuídas  (ao invés de fazer a divisão das terras) fortalece a estrutura familiar e torna o ambiente atrativo aos jovens. Delegar funções, responsabilidades e metas, assim como estabelecer critérios justos de remuneração permite a participação administrativa da propriedade, trazendo mais sentido e gerando mais interesse.

O produtor deve ter disposição para se afastar do negócio e confiar nas decisões dos herdeiros. O ideal é que o sucedido reduza o trabalho aos poucos.

5) Incentivar mais, reclamar menos!

O filho que só vê o pai reclamando da atividade no campo dificilmente vai sentir-se animado a seguir seus passos. É importante mostrar os dois lados.

Os pontos positivos como a melhor qualidade de vida, autonomia do trabalho e tempo, ser patrão em vez de empregado, além da questão familiar, de dar continuidade, devem sempre ser destacados.

6) Considerar que tudo pode melhorar

Muitos produtores acreditam que será melhor para os filhos seguir outro caminho pois enfrentam dificuldades de sustento com as fazendas de leite. Mas é importante conhecer as possibilidades de transformação que um jovem profissional bem preparado poderá realizar. E também é possível buscar as melhorias agora!

Para melhorar os resultados é preciso gestão. Uma propriedade bem gerida e lucrativa atrai os herdeiros a continuar no negócio. Nisso, a assistência técnica é fundamental.

7) Estar preparado para o “NÃO”

Ainda que todo cuidado seja tomado, que o processo de sucessão seja bem planejado, há, com certeza  a possibilidade dos filhos desejarem outros caminhos para a carreira profissional. E neste caso, a compreensão e apoio são muito bem vindos.

Sucessão é evoluir. E evolução requer exercício, dom, preparo e muita vontade!


Investir nos estudos dos sucessores é fundamental e eles têm vários caminhos para escolher na carreira rural: 

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Fundação Roge

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