O leite orgânico é um leite produzido com insumos orgânicos, regulamentados de acordo com a Legislação 10.831, Instrução normativa 46.
Para produzir leite nesta classificação, é necessário seguir alguns critérios como:
A situação das pastagens e volumosos para o fornecimento aos animais e o solo onde serão manejadas tais culturas, devem passar por um período de carência de seis meses livre de manejos químicos ou agrotóxicos.
No caso da alimentação, ainda é permitido a utilização de até 15% da dieta total fornecida ao animal de componentes transgênicos, ou seja, não orgânicos. Sendo assim, a maior parte deve ser feita por alimentos naturais.
O tratamento dos animais deve ser feito com o uso de homeopatia e fitoterápicos, salvo exceções, onde antibióticos e tratamentos alopáticos são necessários para evitar sofrimento do animal.
Se anualmente a utilização destes medicamentos ultrapassar o permitido sendo, o uso de até dois processos com medicamentos convencionais, a propriedade perde o selo de leite orgânico.
Os sistemas de produção, quando trabalhados intensivamente, devem obter um local de saída para os animais, visando conforto e bem estar dos mesmos. Exemplo: uma área de piquetes.
Auditorias também são realizadas para o acompanhamento do manejo da propriedade ou seja, visitas de um profissional responsável que irá averiguar se tudo está sendo realizado de acordo com a normativa 46. Caso detectadas anomalias poderá acarretar na perda do selo.
Atenção!
O tempo de adaptação da terra e principalmente dos animais pode ser um empecilho para os produtores implantarem o leite orgânico na sua propriedade. A terra deve estar livre de produtos químicos durante seis meses, e os animais já recebendo os manejos orgânicos, então, são estimados 12 meses de carência, para que então, possa estar produzindo um leite orgânico certificado.
A população ainda se questiona da dificuldade de se encontrar leite orgânico para compra pois, para ter o leite orgânico certificado, registrado, com tudo correto, é necessário ter uma alta escala de produção, isso tudo dentro de todos estes critérios, para que então estes produtos possam chegar às prateleiras dos comércios.
Apesar do trabalho e as dificuldades de se produzir leite orgânico, o retorno tanto financeiro, quanto sanitário pensando nos animais, é bastante favorável para a propriedade.
Texto do aluno Diogo Henrique Pereira Neto da Academia do Leite/Fundação Roge, baseado no curso realizado pela Nestlé: “Leite Orgânico - Quebra de Paradigmas para a sua Produção - Legislação 10.831, Instrução Normativa 46” , ministrada pelo Supervisor do Distrito Leiteiro da empresa Nestlé, Paulo Henrique Fornassaro Diehl.
Quer saber mais sobre o mercado crescente de leite orgânico no Brasil?
Aluno do curso Técnico em Agropecuária da Fundação Roge/Academia do Leite, atuante na área da bovinocultura desde o ano de 2016. Observando a situação do mercado, concorda com a citação de Julio Ribeiro, que diz: “O medo de ousar fechou muito mais empresas que a ousadia”. Para ele é necessário ousar e não ter medo.
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