Cuidar da alimentação das vacas no período do pré-parto, assim como em todo o período de transição, tornou-se prioridade das fazendas leiteiras nos últimos tempos. Os animais passam por grandes alterações fisiológicas e metabólicas nesta fase, em preparação para o parto e a lactação.
A necessidade da mais nutrientes para o crescimento do feto, as adaptações hormonais e as mudanças de ambiente geram estresse e mudanças metabólicas, o que prejudica a ingestão de matéria seca das vacas. Portanto neste período, a demanda por energia e proteína aumenta e o consumo cai, colocando em risco o balanço energético, o desenvolvimento fetal e a produção de leite futura, sendo extremamente importante controlar a densidade energética da dieta e acompanhar a condição de ECC dos animais.
Segundo o zootecnista Osvaldo Alex de Sousa deve-se, neste período, “estimular os animais a ingerirem alimento, para que haja um enchimento ruminal pleno, evitando deslocamento de abomaso, e se atentar ao teor de potássio no volumoso (...) para o sucesso do planejamento nutricional (...), o que diminui o risco de febre do leite entre outros problemas relacionados (metrites, retenção de placenta, retenção de abomaso e natimortos). Caso haja teor elevado de potássio no volumoso, sais aniônicos devem ser adicionados à dieta. Também é importante aumentar o aporte energético da dieta no período pré-parto para adaptar o animal à dieta de início de lactação e amenizar o balanço energético negativo.”
Uma das opções na alimentação de vacas leiteiras no pré-parto é a dieta de baixo cálcio, que tem o objetivo de não depositar muito cálcio nos ossos para garantir a quantidade certa na circulação na hora do parto. Por este motivo, não se deve usar sal na dieta de vacas em pré-parto!
Um parâmetro a ser seguido é manter o máximo de 0,6% de cálcio na matéria seca.
Outra opção no pré-parto é a dieta com minerais com cargas negativas (Ex: Cloro e Enxofre) para deixar o PH do sangue ácido. Isso ativa o paratormônio, que retira cálcio dos ossos, deixando-o disponível na circulação e evitando a hipocalcemia.
É importante adotar a rotina de medir o PH da urina com frequência e seguir como parâmetro no peagâmetro: entre 5,8 e 6,8.
Na escala de 1 a 5, sugere-se que as vacas cheguem ao parto entre 3 e 3,2. Escore abaixo de 3 pode prejudicar a produção de leite e a reprodução. Escore maior que 4 também prejudica a reprodução e aumenta as chances de doenças como a Cetose (fígado gordo) e o Deslocamento do abomaso.
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