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Como trabalhar as relações humanas na escola?




Como trabalhar as relações humanas na escola

Nesse mundo moderno de informações rápidas e velozes, conexões instantâneas e “multijanelas”, os atuais educadores, pais e professores, têm sofrido um pouco para mostrar aos da geração digital que nem tudo se consegue da noite para o dia, e nem mesmo integralmente conforme são os seus desejos.

Diferentes gerações, novos conflitos

 

Os indivíduos da geração “Y” e “Z”, nascidos respectivamente nas décadas de 1980-2000, 2000 até atualmente, que desejam que tudo aconteça rápido, junto e ao mesmo tempo, têm dificuldade para esperar a maturação dos processos e o “cozimento” das coisas.

A carência de contato com os mais velhos e o distanciamento entre as gerações (avós com seus netos, tios com seus sobrinhos, pais com seus filhos), causados pelo estilo de vida contemporâneo causaram nos mais novos reflexos como falta de noção de hierarquia, pouca paciência para a maturação de processos e a ideia equivocada de que desejo é igual à direito.

Os mais antigos, aqueles da geração “X” nascidos entre 1960 e 1980 aprenderam desde cedo que “na casa da avó era ela quem mandava e dizia o que podia fazer”, que “para brincar na rua precisava respeitar as regras criadas em conjunto com os colegas” e que “nem sempre Papai Noel trazia o que se tinha pedido na cartinha”. Isso parecia insignificante mas, na verdade, representava para estes mais velhos um maravilhoso curso de qualificação para a convivência humana e para tolerar frustrações, além de ser um estágio para o primeiro emprego.

Os reflexos das diferenças entre as gerações têm sido geradores de conflitos e muitas vezes trazem prejuízos significativos e irremediáveis nas relações interpessoais cotidianas.

O que a escola tem a ver com isso?

 

Por conta dos filhos chegarem à escola cada vez mais “mal educados” para as relações humanas é crescente o número de escolas que têm trabalhado a “aprendizagem sócio emocional” em seus currículos.

Augusto Cury traz a educação socioemocional como o futuro da educação mundial. Para o autor, as instituições de ensino devem oportunizar, além da construção de lições de conhecimento técnico, construções de lições mútuas da vida, que permitirão que seus alunos convivam com suas emoções.

Por que aplicar esse método?

A educação emocional voltada para a formação de pensadores, portanto pautada no desenvolvimento da inteligência multifocal, na ampliação da consciência crítica na construção de relações interpessoais e na formação da personalidade, visa também à prevenção de doenças psíquicas de nossas crianças e jovens e certamente irá produzir uma sociedade mais justa, igualitária, empática e humana.

Como trabalhar a educação socioemocional?

 

Como fazer com que essa geração digital aprenda a cumprir regras, entenda que é possível ser feliz sem aquele iphone do último tipo e saiba discernir que um “não” não quer dizer falta de amor ou compreensão por parte dos educadores? Muito simples na teoria, nem tanto na prática: fazendo uso da ferramenta que se chama “diálogo”. E para bom uso desta poderosa ferramenta é preciso treino constante: uma boa e profunda prosa em que a via seja sempre de mão dupla.

O papel do educador

 

O educador atual, já adulto e calejado pela vida, precisa emprestar o seu cérebro para os mais novos e aprofundar com eles em um exercício de reflexão sobre fatos, comportamentos, acontecimentos cotidianos, planos, metas, frustrações, sentimentos, escolhas, consequências, começos e recomeços. E isso requer tempo, e tempo de qualidade, investido na nobre missão de educar.

Só assim, o jovem vai conseguir desenvolver a autoconsciência, a empatia nas relações interpessoais e a maturidade para fazer escolhas com liberdade e responsabilidade.   


Tão importante quanto trabalhar as relações humanas na escola, é desenvolver a empatia dos alunos. Ajudá-los a perceber o outro, ter compaixão e estar disposto a envolver-se em questões sociais.

Saiba mais

 

 

 

Carmem Lúcia Ferreira Alves

Carmem Lúcia Ferreira Alves

Graduada em Psicologia e em Gestão de Recursos Humanos, com extensão em Docência e com especializações em Gestão de Pessoas, em Orientação Profissional de Adolescentes, em Terapia Comunitária Sistêmica Integrativa, em Gestão Educacional e em Gestão de Empresas Produtoras de Leite pelo Sistema MDA. Apaixonada por Educação, atualmente exerce a função de Gestora Educacional e Diretora da Escola Técnica da FUNDAÇÃO ROGE, e considera que o aprendizado constante é a chave para o sucesso profissional e pessoal.