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3 Motivos para as empresas investirem em projetos culturais




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Conseguir o patrocínio de projetos culturais pode ser um grande desafio para que os produtores consigam tirar seus projetos do papel. Mas para facilitar isso, existem muitos meios e motivos para que uma empresa apoie e invista em um projeto cultural.

Seja pelos incentivos fiscais, pela política altruísta da empresa e/ou a decisão pelo marketing cultural, os investimentos culturais de empresas estão ganhando força e prometem se tornar ainda mais relevantes nos próximos dez anos, segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE. “Toda moeda tem duas faces: a cara e a coroa. A coroa representa os recursos e a cara a nossa cultura e identidade. Não haverá desenvolvimento sem os dois lados da moeda”, diz o relatório.

A associação positiva feita à imagem de uma empresa através do investimento social impacta os clientes, atrai a atenção de parceiros e pode abrir portas para um relacionamento com diferentes esferas governamentais, além de ser uma vitrine para parcerias privadas.

Segundo Marcelo Alves, em 11/05/2016, no site Primal Studio, e a empresa de consultoria The Way, em 12/02/2016, existem três motivos principais que motivam as empresas que patrocinam projetos culturais:

1 – Imagem Corporativa

As empresas querem utilizar o patrocínio como parte estratégica na construção (ou fortalecimento) de suas marcas.

Ao investir em um projeto, são beneficiados: o produtor, o público e o investidor. Um dos benefícios para as empresas, em seu papel de investidor cultural é o posicionamento da marca e a valorização da imagem corporativa. As contrapartidas recebidas geralmente se traduzem em exposição.

Uma dica é buscar projetos que tenham alguma afinidade com a área de atuação da sua empresa. Se o objetivo é reforçar o compromisso com a localidade em que está estabelecida fisicamente, por exemplo, a melhor oportunidade pode ser  investir projetos próximos, o que também contribui para a concepção de um dos pilares do conceito de sustentabilidade: a responsabilidade social.

2 – Convergência entre departamentos e engajamento junto ao consumidor

Não cabe apenas a um setor a decisão, mas a um conjunto de setores que vão se beneficiar do patrocínio na empresa como por exemplo: relações públicas, marketing, vendas etc.;

Em relação aos consumidores, as empresas querem tornar seus clientes promotores das suas marcas. Ainda é algo recente no Brasil, basta ver como cresceu, nos últimos anos, o uso de ferramentas como storytelling, por exemplo, que procuram emocionar o consumidor por meio de narrativas;

3 - Abatimento de Impostos

As leis de incentivo fiscal existem em três esferas: federal, estadual e municipal. Ou seja, cada estado e município brasileiro possui suas próprias medidas para criação de incentivo fiscal por leis de incentivo, além das nacionais. Cada uma destas leis proporciona um porcentual diferente no abatimento de diferentes tributos, podendo ter um dedução de até 100% do valor investido pela empresa, de acordo com o limite de destinação do imposto determinado. Como exemplos de Leis de Incentivo Fiscal a nível nacional, temos , por exemplo: Lei Rouanet; Lei do Audiovisual e a Lei de Incentivo ao Esporte.

Algo muito importante para a etapa de escolha de qual das leis de incentivo fiscal será adotada, é ter um amplo e sólido diálogo entre contadores, advogados e profissionais responsáveis pela assessoria dos recursos de renúncia fiscal.

É importante entender que, independente dos meios como os investimentos culturais acontecem, o principal beneficiário de qualquer uma destas transações será sempre o público ao qual se destinam as ações realizadas, cabendo às empresas serem  facilitadoras para reafirmar o sentimento de pertencimento dessas pessoas à determinada cultura, protegendo as tradições e expressões culturais do Brasil.

 

A Fundação Roge conta com investimentos de empresas para realizar atividades culturais:

Seja você também um investidor cultural!

 

Flávia de Moura Xavier

Flávia de Moura Xavier

Coordenadora de Comunicação e Cultura na FUNDAÇÃO ROGE