Na década de 60, com a publicação do livro Animal Machines, de Ruth Harison, acentuou-se toda a discussão sobre o tipo de produto que estávamos ingerindo a partir das condições que os animais eram mantidos nas propriedades. Fato que culminou na publicação das 5 Liberdades dos animais, pelo Animal Welfare Conciul.
Ao mesmo tempo, estudos sobre a Etologia Moderna estavam se desenvolvendo e firmando a senciência, a expressão das emoções dos animais. Com todos os embates que envolveram discussões quanto ao modo de vida dos animais de fazenda, segurança alimentar da humanidade e liberdades dos animais, em 1996, Donald Broom publica um artigo em que conceitua bem-estar animal (BEA) como o estado do animal a se ajustar ao ambiente em que está inserido, podendo variar de muito ruim a muito bom.
Uma vez conceituado, o tema BEA passou a ser impulsionado mundialmente, principalmente na Europa e na América do Norte, expandindo-se, aos poucos às demais regiões geográficas.
A produção animal mundial desenvolveu com as ações diárias empregadas, e ainda são em grande parte, de forma empírica, a partir da própria domesticação de cada uma das espécies, transpassando por muitas e muitas gerações. Essas ações caracterizam o manejo tradicional - convencional.
Como resultado, registram-se alta reatividade dos animais:
Todos esses pontos levam à menor qualidade do produto final e da rentabilidade do produtor.
O manejo, até então empregado, passa a mudar, a se ajustar ao atendimento das necessidades animais. Para que este fosse eficaz, estudos relacionados à Etologia, básica e aplicada, começaram a se destacar, descrevendo a biologia da espécie para que as necessidades nutricionais, sanitárias, de conforto, de interação humano-animal e da expressão do comportamento natural fossem satisfeitas, possibilitando ao animal manter-se em BEA adequado.
Surge, assim, o manejo racional, constituído pelo conhecimento da biologia da espécie e pelas suas formas de aprendizagem, com destaque ao condicionamento operante com reforço positivo e à habituação.
Na bovinocultura leiteira, propriedades leiteiras, aos poucos, estão aplicando o manejo racional, desenvolvendo diversas práticas saudáveis, que satisfazem às diversas categorias da criação:
Bezerros lactentes:
Bezerras desaleitadas, novilhas vazias e novilhas prenhas:
Vacas em lactação:
Vacas secas:
Bovinos leiteiros que recebem o manejo racional, que não precisam enfrentar o ambiente em que estão inseridos, mantêm-se em homeostase, apresentam bem-estar muito bom e consequentemente seus reflexos são percebidos na rentabilidade da empresa leiteira.
Quer saber como avaliar o bem estar das vacas leiteiras?
Técnico em Agropecuária (EAFA - IFES/campus de Alegre), Licenciado em Ciências Agrícolas (UFRuRJ), Mestre em Zootecnia (UNESP/FACAV) e Doutor em Zootecnia (UNESP/FCAV). Professor do IFSULDEMINAS – campus Muzambinho. Marcelo acredita que, para ser feliz na Bovinocultura Leiteira é necessário associar a sua felicidade ao bem-estar de seus animais, assim colherá bons resultados
Rua Paulino de Faria, 1269
Centro, Delfim Moreira | MG
Escola Técnica e Processo Seletivo:
+55 (35) 99853-3466