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6 dicas para controlar as cigarrinhas-das-pastagens




cigarrinha-das-pastagensCréditos da imagem: Vinícius Rodrigues de Souza

As cigarrinhas-das-pastagens são insetos que atacam gramíneas forrageiras causando grande prejuízo nas pastagens. São várias espécies associadas a vários tipos de forrageiras, criando um sistema complexo, o controle pode significar grande desafio.

O que são as cigarrinhas-das-pastagens?

 

São insetos que afetam diretamente a produtividade das pastagens. É a principal praga que ameaça as pastagens tropicais.

Em que época do ano atacam as pastagens?

 

Segundo publicação da Semagro, “(...) no período de chuvas, com a umidade, as ninfas eclodem dos ovos que estavam em dormência no pasto e, passam a sugar a seiva do capim. Alojam-se na base da planta, onde permanecem protegidas por uma espuma, evitando o ressecamento. Entrando na fase adulta, migram para as folhas e iniciam seu processo de reprodução.”

Como agem essas pragas?

 

As cigarrinhas-das-pastagens “queimam” o pasto sugando a seiva dos capins, prejudicando suas folhas. O capim começa a amarelar, seca e perde o vigor, abrindo espaço para o estabelecimento de plantas daninhas.

Quais os prejuízos com esse ataque?

 

Reduzindo a capacidade produtiva das pastagens, esses insetos prejudicam diretamente a alimentação dos rebanhos, dificultando o ganho de peso, problema que afeta a produção. As pausas na utilização das pastagens para controles da praga também resultam em prejuízos para os produtores.

Como controlar as cigarrinhas-das-pastagens?

 

De forma geral, o controle das cigarrinhas-das-pastagens é mais efetivo quando a adoção de um conjunto de medidas integradas preventivas é feito junto com o uso de capins resistentes, pois isso reduz a necessidade de medidas químicas ou biológicas. São formas de controle das cigarrinhas-das-pastagens:

1- Monitoramento contínuo

 

É uma ação preventiva de observação constante das pastagens, dentro de um manejo integrado de pragas, podendo ser feita uma identificação rápida do ataque, permitindo uma ação logo no início da infestação, evitando assim a proliferação dos insetos.

2- Controle biológico

 

Consiste na aplicação, através de pulverização, do fungo Metarhizium anisopliae. Não é necessário retirar os animais e não há danos nem para o homem, nem para o meio ambiente. O fungo atua parasitando a ninfa do inseto. A eficiência desse controle pode chegar a 95%.

3. Controle químico

 

Neste tipo de controle, os animais precisam ser retirados do pasto para a aplicação de inseticidas. O foco é o ataque ao inseto adulto. A utilização deve ser orientada por um técnico e pode haver necessidade de se repetir a aplicação durante as chuvas. O custo do controle químico nem sempre é viável às propriedades.

4. Diversificação das pastagens

 

Diferentes espécies de cigarrinhas-das-pastagens atacam diferentes tipos de capim. Diversificar as pastagens reduz os danos causados por essas pragas.

José Raul Valério, entomologista e pesquisador da Embrapa aponta que: “No caso das cigarrinhas, as cultivares mais resistentes são: B. brizantha cv. Marandu, B. brizantha cv. Piatã, Andropogon gayanus cv. Planaltina, Panicum maximum cv. Tanzânia, P. maximum cv. Mombaça, Panicum spp. cv. Massai, Panicum maximum cv. Zuri, Panicum maximum cv. Tamani bem como o híbrido de Brachiaria denominado Mulato II.”

5. Pastejo sistemático

 

Nesta ação preventiva, o rebaixamento das pastagens evita a formação de touceiras. Isso permite maior incidência solar no solo e reduz a umidade, que é condição fundamental para a proliferação das cigarrinhas. O acúmulo de palha no solo também deve ser evitado para reduzir a umidade.

6. Melhoramento genético das forrageiras

 

Unidades de pesquisa atuam no desenvolvimento de gramíneas mais resistentes às cigarrinhas-das-pastagens, lançando novos híbridos no mercado.

Vale destacar que apenas produtos registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento podem ser utilizados no controle de pragas das pastagens. Também é fundamental seguir as recomendações técnicas dos fabricantes e tomar os devidos cuidados com a segurança das pessoas e do meio ambiente.

 

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Fundação Roge

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