“Tanto a pneumonia viral quanto a bacteriana podem prejudicar o rendimento do animal e precisam de tratamento ágil”, afirma Renato Rodrigues no site Criação de Cavalos. Confira abaixo, o texto dele publicado pelo portal:
*Texto publicado originalmente no site Criação de Cavalos
Cavalos são animais criados, muitas vezes, para exercícios físicos intensos, seja no trabalho no campo, seja na prática de esportes. A partir disso, fica fácil perceber que o sistema respiratório desses animais desempenha papel importante no seu rendimento, sendo vital mantê-lo saudável para a realização de suas atividades.
Haroldo Vargas, professor, (...), ressalta que é fundamental dar atenção especial ao sistema respiratório desses animais, para que nenhum problema, por mínimo que seja, acabe prejudicando severamente ou permanentemente o animal.
Qualquer problema respiratório prejudica, além da saúde, o bem-estar desses animais. Por conta disso, os criadores precisam estar atentos quanto às doenças que podem afetar o sistema respiratório de cavalos. A principal doença respiratória que afeta os animais é a pneumonia.
Ela ocorre quando há inflamação do parênquima pulmonar decorrente de infecções ou aspiração de conteúdos estranhos ao pulmão. Suas causas são várias e ela se apresenta de duas formas:
Como o próprio nome já diz, a pneumonia viral ocorre quando há infecção no pulmão causada por vírus. A Influenza Equina, ou gripe do cavalo, é a mais comum e é contagiosa, porém, geralmente, não é fatal.
Principais sintomas: febre, tosse seca e corrimento nasal seroso, além de depressão, perda de apetite e fraqueza.
Diagnóstico: é geralmente clínico e feito após o surgimento de sintomas nos cavalos criados. Também é possível realizar testes laboratoriais.
Tratamento: é feito com o uso de fármacos para dar suporte ao animal, assegurando que o sistema imune derrote a infecção. Os animais doentes precisam ser isolados do plantel.
Prevenção: além da vacinação, algumas práticas de higiene e manejo são fundamentais para evitar o contágio pelo vírus.
Ocorre quando há infecção do parênquima pulmonar por bactérias. Pode ser secundária a algum outro problema que o animal enfrenta, como estresse, queda na vigilância imunológica, pneumonias fúngicas, entre outros. Esse tipo costuma ser mais grave do que o anterior
Principais sintomas: descarga nasal purulenta, febre, tosse, inapetência, taquipneia e/ou dispneia e, em alguns casos, odor desagradável à expiração. Também é possível observar ruídos diferentes na auscultação pulmonar, o que indica a movimentação de secreções.
Diagnóstico: além dos sinais clínicos, também é possível realizar um lavado transtraqueal e aspiração para analisar a citologia e presença de bactérias no material.
Tratamento: deve ser recomendado por um médico veterinário e é variável de acordo com a forma de manifestação da doença. Por exemplo, quando há líquido pleural, ele precisa ser drenado.
Prevenção: além das medidas de higiene, deve-se evitar que o animal passe por estresse, tenha sobrecarga de trabalho, esteja sempre bem nutrido, bem manejado e com boa saúde.
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