Caracterizada como zoonose, o que significa que pode ser transmitida também ao ser humano em contato com o animal infectado, a varíola bovina é uma doença infectocontagiosa causada por vírus que traz graves problemas sanitários e prejuízos econômicos. A principal característica é o aparecimento de lesões nos tetos das vacas.
Inicialmente os sintomas são pequenas lesões no teto e úbere da fêmea, na sequência surge a formação de crostas e ocorre a disseminação circular. Já nos machos ocorrem lesões na região interna da coxa e escroto. Bezerros infectados manifestam as lesões na mucosa oral.
A forma mais comum de transmissão acontece por meio da ordenha manual ou da ordenha mecânica, pois quando a pele das vacas leiteiras apresentam pequenos cortes ou lesões, permitindo a entrada do vírus.
As consequências geradas pela doença são impactantes para o produtor que enfrentam a redução na produção de leite, contaminações bacterianas como mastite, afastamento de ordenhadores que tenham sido acometidos pela doença e a contratação de nova mão de obra.
Os surtos da doença normalmente são rápidos e o manejo preventivo é uma medida simples e que pode manter a varíola bovina longe do rebanho de leite. De acordo com Renata de Oliveira, colunista do Portal Milkpoint, as medidas de controle devem ser:
1- Os animais infectados devem ser separados do rebanho;
2- Os ordenhadores devem utilizar luvas de borracha;
3- A rotina de ordenha deve ser higiênica e organizada;
4- Utilizar um pré e pós-dipping de boa qualidade e que auxilie a manter a integridade do tecido do teto;
5- O ordenhador deve procurar manter as mãos sempre limpas;
6- Manter a limpeza do equipamento de ordenha e no material utilizado durante o processo;
7- Fazer uma inspeção rigorosa dos animais que são introduzidos no rebanho;
8- Controlar roedores (possivelmente o transmissor do vírus).
Não existe um tratamento que seja completamente eficaz, mas geralmente é recomendado o uso de iodo glicerinado para desinfecção das lesões e os cuidados de limpeza e higiene.
O manejo sanitário precisa ser eficaz, por isso é importante que o produtor esteja atento no monitoramento de tetos e úbere, especialmente no período seco do ano, pois o clima favorece o ressecamento do teto facilitando pequenas lesões.
A varíola bovina pode ser evitada através de uma rotina de limpeza e higiene. Conheça medidas de prevenção dessa e de outras doenças bovinas acessando o material:
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